Luciano Cartaxo teve uma trajetória marcada por uma ascensão notável, ocupando posições de destaque como vice-governador da Paraíba e, por dois mandatos, prefeito de João Pessoa, onde parecia ter consolidado uma base sólida para alçar voos maiores. No entanto, os últimos anos revelaram uma sequência de reveses que têm colocado sua carreira política em declínio.
A virada negativa começou em 2020, quando Cartaxo tentou eleger sua sucessora, a professora Edilma Freire (PV), que terminou amargando o quinto lugar na disputa pela prefeitura de João Pessoa, apesar de seu apoio. Em 2022, sua tentativa de eleição como deputado estadual também foi frustrante: ele garantiu a vaga por apenas uma margem mínima, com 22.272 votos, beneficiado pela sobra do partido. Este resultado baixo não só mostrou sua dificuldade em conquistar o apoio do eleitorado, mas também enfraqueceu as chances do PT de eleger outro representante.
Comparando com o desempenho em 2010, quando conquistou 24.296 votos para deputado estadual, o declínio é evidente, especialmente em João Pessoa, onde sua popularidade despencou. Em 2024, disputando novamente a prefeitura, Cartaxo amargou o quarto lugar com apenas 49.110 votos, ou 11,77% do total, ficando atrás dos candidatos do PP, PL e Podemos. Sua decisão de permanecer neutro no segundo turno, em vez de apoiar Cícero Lucena (PP) conforme a orientação do PT, sugere um isolamento político que enfraquece ainda mais sua imagem.
O futuro de Cartaxo no PT parece incerto, e é possível que ele busque outra legenda, talvez uma menor, com menos exigências em termos de quociente eleitoral. Com 2026 no horizonte, o cenário se apresenta sombrio para o parlamentar, que, após anos de projeção, enfrenta um ponto baixo em sua trajetória política.
Redação
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