Cultivo de tomate orgânico consorciado com coentro em estufa agrícola promove sustentabilidade no Brejo paraibano

Cultivo de tomate orgânico consorciado com coentro em estufa agrícola promove sustentabilidade no Brejo paraibano

Sustentabilidade, cuidado com o meio ambiente, manejo adequado de culturas, combate a pragas e produtos saudáveis. Com essas características um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), Câmpus II da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado em Lagoa Seca, tem mostrado como o conhecimento pode mudar a realidade da região, ajudar a identificar, manejar pragas e doenças, além de promover a sustentabilidade a partir do cultivo orgânico de tomate.

Resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Agroecologia, a pesquisa consiste no cultivo de tomate orgânico consorciado com coentro em ambiente protegido (estufa agrícola) na area Agroecológica. O projeto é desenvolvido pela estudante de Agroecologia, Maria Valdeane Caetano da Silva, orientado pela professora Elida Barbosa Corrêa e conta com muitos colaboradores, entre discentes e técnicos(as) administrativos(as) da Universidade.

A pesquisa faz parte dos estudos quanto a produção agroecológica de alimentos realizados pelo Grupo de Pesquisa Agrobiodiversidade do Semiárido, coordenado pela professora Elida Barbosa. A primeira colheita do plantio superou as expectativas de toda equipe. O tomate, conforme explicou a docente é uma das hortaliças mais consumidas e também uma das mais contaminadas por resíduos de agrotóxicos, pelo uso intensivo de agrotóxicos no ciclo da cultura.

Diante da problemática de saúde coletiva devido à contaminação por agrotóxicos, pesquisas vêm sendo realizadas na UEPB e em propriedades rurais do Agreste, Cariri e Seridó paraibano desde o ano de 2019, com a aprovação do Centro Vocacional Tecnológico Agrobiodiversidade do Semiárido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Conforme explicou a professora Elida, os estudos realizados pelo grupo de pesquisa evidenciaram a broca como principal praga da cultura, causando perdas de até 90% da produção em campo aberto. No entanto, a mariposa, que coloca o ovo na flor do tomateiro, onde eclode a larva e penetra no fruto jovem, não consegue passar pela tela da estufa, sendo o cultivo protegido como uma forma de controle da praga.

No experimento de produção de tomate orgânico está sendo avaliada a capacidade de bactérias benéficas (Bacillus spp.) quanto à promoção de crescimento e de produção das plantas. O estudo é pioneiro na região, visto que está sendo utilizado o tomate híbrido, que tem elevada demanda nutricional, e o manejo das doenças e pragas em ambiente estressante para o desenvolvimento da planta, com temperaturas de até 48 graus.

O cultivo do tomateiro está sendo realizado com irrigação por gotejamento, aplicação de biofertilizante, húmus líquido, calda bordalesa e calda de cal e cinza para o controle de doenças. Uma aplicação foi feita para o controle de ácaro branco com óleo de nim. A pesquisa, segundo a professora Elida, demonstrou que apesar dos desafios e pontos a serem melhorados no cultivo, quanto à nutrição e manejo de doenças, é possível produzir tomate orgânico de elevada qualidade em estufa agrícola no Agreste paraibano.

Redação com CODECOM

FONTE: SECOM PB

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!