28 de ago de 2024 às 16:14
“Verás que um filhe teu não foge a luta…” “Des filhes deste solo és mãe gentil. Pátria amada, Brasil!”. Foi assim, em linguagem neutra, que o Hino Nacional do Brasil foi cantando na abertura do comício do candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), na praça do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, no dia 24 de agosto.
A linguagem neutra é defendida por ativistas da ideologia de gênero e estabelece o uso de expressões que não sejam no masculino nem no feminino. Os artigos “a” e “o” são substituídos, por exemplo, por letras como “e” ou “x”, para expressar o que classificam como gênero neutro ou não-binário.
A ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. A ideia contraria a Escritura que afirma no livro do Gênesis 1, 27 que “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou” (tradução oficial da CNBB).
O comício de Boulos estava sendo transmitido ao vivo através de suas redes sociais quando o Hino brasileiro foi alterado na última estrofe pela cantora paulista, Yurungai, que se classifica como “afroamerindígena”.
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Denúncia
Ontem (27), o deputado federal General Girão (PL-RN) fez uma denúncia no Ministério Público contra a execução do Hino Nacional com linguagem neutra no comício de Guilherme Boulos. Segundo o deputado, o evento do candidato à prefeitura de São Paulo foi um “desrespeito a um dos símbolos nacionais mais importantes de qualquer nação”.
O evento do candidato do PSOL teve a presença e o apoio do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, da candidata a vice de Boulos, Marta Suplicy (PT), e de deputados estaduais e federais de esquerda.
Depois da repercussão negativa do Hino Nacional em linguagem neutra em seu comício, Boulos apagou o vídeo de suas redes sociais e a equipe de sua campanha afirmou em nota que “a campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional” e declarou que “a produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”.
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