25 de ago de 2024 às 12:37
“Que Nossa Senhora acompanhe o amado povo da Nicarágua”, pediu o papa Francisco depois da oração do Ângelus de hoje (25), aos fiéis reunidos na praça de São Pedro, no Vaticano. “Que a Virgem Imaculada os proteja nos momentos de provação e os faça sentir a sua ternura maternal”.
Francisco exortou os nicaraguenses “a renovarem esperança em Jesus. Lembrem-se de que o Espírito Santo sempre guia a história em direção a projetos mais elevados”.
O governo da Nicarágua e a perseguição aos cristãos
Entre abril de 2018 e julho de 2024, segundo a edição mais recente do relatório Nicarágua: Uma Igreja Perseguida?, foram registrados 870 agressões do governo de Daniel Ortega e de sua mulher, a vice-presidente Rosario Murillo, contra a Igreja Católica na Nicarágua. Entre os mais públicos está a prisão, condenação injusta e posterior deportação para o Vaticano do bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez.
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Durante o mês de agosto, o regime deportou nove padres para o Vaticano, depois de fazer uma série de detenções injustificadas de padres e leigos no país.
Em 19 de agosto, o regime cancelou a personalidade jurídica de 1,5 mil organizações sem fins lucrativos (OSFL) na Nicarágua, incluindo muitas associações católicas, como a Cáritas Granada, bem como evangélicas.
No dia seguinte, eliminou as isenções de imposto de renda para a Igreja Católica e grupos evangélicos.
David Ramos é editor-chefe da ACI Prensa. Cobriu as viagens do papa Francisco para o Equador, Paraguai, México, Colômbia, Chile e Peru.
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