15 de ago de 2024 às 12:16
Um casal e sua filha processaram o Estado do Colorado, EUA, na semana passada por uma lei que permitiu a uma escola de ensino médio incentivar a “mudança de sexo” de sua filha sem o conhecimento dos pais.
Um orientador da Brighton High School, em Denver, pôs secretamente a menina de 14 anos em contato com um terapeuta que se identifica com o sexo oposto que recomendou tratamento hormonal e cirurgia de remoção de mama.
Os pais combatem as políticas que permitiram à escola esconder essas informações. A Lei de Mudança de Nome do Colorado, em vigor desde abril, exige que as escolas usem o nome e os pronomes de preferência dos alunos. A Política de Exclusão Parental, de 2021, proíbe as escolas de avisar os pais sobre “transição social” sem o consentimento do aluno.
Na queixa de 7 de agosto, os pais, cuja identidade é mantida em segredo, dizem que sua filha, “AD”, aluna de 14 anos do primeiro ano do ensino médio, sofria de ansiedade e depressão quando pediu ajuda a um conselheiro da Brighton High School para fazer adotar uma identidade masculina.
A escola escondeu a “transição social” dos pais, usando o nome da menina com os pais, e um nome de homem na escola, diz a denúncia.
O conselheiro conectou a filha a um terapeuta que se identifica com o sexo oposto no portal de telemedicina online do Colorado I Matter. Pelo computador do funcionário da escola, o terapeuta sugeriu tratamento hormonal e mastectomia à filha sem o conhecimento dos pais.
O conselheiro disse aos pais que a filha estava com problemas de saúde mental, mas referiu-se a ela como uma menina e não disse que a escola estava fazendo uma “transição social”.
Os pais começaram a suspeitar no segundo semestre do primeiro ano letivo.
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A filha deles, depois de consultar um terapeuta, reconheceu “que mudar quem ela é não era a resposta”, diz a denúncia.
“A transição social é uma forma poderosa de tratamento psicológico”, diz a queixa, argumentando que em menores de idade ela “só pode ser feita sob a supervisão vigilante de um profissional de saúde mental treinado e com envolvimento próximo dos pais em cada etapa do caminho”.
A filha agora “se arrepende de querer fazer a transição” e acredita que a afirmação da escola ajudou, em parte, a perpetuar sua identidade em que se identifica com o sexo oposto.
“Distritos escolares em todo o Colorado estão facilitando grandes tratamentos psicológicos para crianças sem o conhecimento ou consentimento dos pais”, disse Eric Sell, advogado dos pais, em publicação na rede social X.
“Essa prática perigosa arrisca maiores taxas de ansiedade, depressão e suicídio mais tarde na vida dessas crianças”, disse o advogado. “Os pais, não as escolas, é que deveriam tomar essas decisões importantes”.
O centro conservador sem fins lucrativos Center for American Liberty e o escritório de advocacia Gessler Blue, de Denver, estão representando os pais no tribunal.
“Os pais têm um direito fundamental sob a 14ª Emenda de direcionar a educação de seus filhos”, disse o comunicado à imprensa do Center for American Liberty de 7 de agosto. “No mínimo, isso inclui estar ciente de decisões que mudam a vida sendo tomadas na escola.”
As empresas pedem que o tribunal declare a Lei de Mudança de Nome e a Política de Exclusão Parental inválidas e impeça a escola de implementá-las.
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