15 de ago de 2024 às 00:30
Em 15 de agosto, católicos de todo o mundo celebram a solenidade da Assunção de Maria, celebrando o fim de sua vida terrena e sua assunção ao céu.
Embora a solenidade seja relativamente nova, a história e o mistério por trás dela têm suas raízes nos primeiros séculos do cristianismo.
A Igreja Católica ensina que quando Maria terminou sua vida terrena, Deus a levou, em corpo e alma, ao Céu.
O dogma da assunção de Maria, chamada de “Dormição de Maria” nas Igrejas Orientais, tem suas raízes nos primeiros séculos da Igreja.
Embora um local fora de Jerusalém tenha sido reconhecido como o túmulo de Maria, os primeiros cristãos afirmaram que “ninguém estava lá”, explicou o teólogo, vice-presidente e diretor editorial da EWTN News, Matthew Bunson.
Segundo são João de Damasco, o imperador romano Marciano solicitou o corpo de Maria, Mãe de Deus no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C.
São Juvenal, que era bispo de Jerusalém, disse ao imperador “que Maria morreu na presença de todos os apóstolos, mas que seu túmulo, ao ser aberto a pedido de são Tomé, foi encontrado vazio. Os apóstolos concluíram que o corpo foi levado para o Céu”, registrou o santo.
No século VIII, durante o papado de Adriano I, a Igreja começou a mudar sua terminologia, renomeando o dia da festa da Comemoração de Maria para a Assunção de Maria, observou Bunson.
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A crença na assunção de Maria era uma tradição amplamente difundida e uma meditação frequente nos escritos dos santos ao longo dos séculos. No entanto, não foi definida oficialmente até o século XX.
Em 1950, o papa Pio XII fez uma declaração ex-cathedra infalível na constituição apostólica Munificentissimus Deus definindo oficialmente o dogma da Assunção.
“Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Bem-Aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e por nossa própria autoridade, nós pronunciamos, declaramos e definimos como dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”, escreveu o papa.
O decreto foi a formalização do ensinamento cristão de longa data.
“Temos ao longo da história da Igreja um atestado quase universal disso”, disse Bunson sobre a Assunção.
“Temos esse fio que percorre toda a história da Igreja em apoio ao dogma. Isso é significativo porque apoia a tradição da Igreja, mas também apoia uma compreensão mais profunda dos ensinamentos da Igreja sobre como confiamos nas reflexões de algumas das maiores mentes de nossa Igreja”.
O que também é notável sobre o dogma é que ele “usa a voz passiva”, enfatizando que Maria não ascendeu ao céu por seu próprio poder, como Cristo fez, mas foi elevada ao céu pela graça de Deus. Daí a diferença entre Ascenção, substantivo baseado na forma ativa do verbo latino ascendo (subo); e Assunção baseada na forma passiva: Maria assumpta est in caelo (Maria foi erguida ao céu)
Hoje, a solenidade da Assunção é feriado em muitos países. Na maioria dos países, é um dia sagrado de preceito.
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