25 de jul de 2024 às 12:05
A comunidade de carmelitas descalças do mosteiro de San José, em Lucena, na província de Córdoba, Espanha, a quem o papa Francisco enviou várias mensagens por causa de sua amizade com uma ex-madre superiora, deixará seu convento devido à falta de vocações depois da presença da ordem na cidade há mais de 400 anos.
A madre Maria Madalena de São João da Cruz, superiora da comunidade, disse em comunicado: “com grande dor e grande tristeza, porque restam apenas três freiras, a escassez de vocações e sendo solicitadas por outro Carmelo necessitado, vimos que é a vontade de Deus que nossa missão aqui tenha terminado”, segundo o jornal semanal da diocese espanhola Iglesia en Córdoba.
Assim termina a presença ininterrupta de 412 anos das carmelitas descalças no mosteiro de Lucena. As freiras chegaram ao mosteiro em 1612 vindas da cidade de Cabra, onde a comunidade foi fundada em 1603.
Segundo o jornal espanhol ABC, a morte da antiga superiora, madre Adriana de Jesus Crucificado, em setembro do ano passado, deixou a comunidade abaixo do número mínimo de cinco freiras. A comunidade recebeu uma licença especial apoiada pelo papa Francisco e pelo bispo de Córdoba, dom Demetrio Fernández, para continuar mesmo assim.
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Com a recente morte de outra irmã, o futuro da comunidade foi selado. As três freiras vão se mudar em breve para uma comunidade na diocese de Salamanca, à qual se unem por uma “longa e estreita relação de irmandade”.
Os laços da comunidade com o papa Francisco
Madre Adriana de Jesus Crucificado era amiga do papa Francisco desde que ele era bispo auxiliar de Buenos Aires. Duas outras freiras argentinas da congregação também conheceram Francisco.
Em 31 de dezembro de 2013, o papa ligou para as freiras e deixou uma mensagem de Ano Novo de encorajamento, esperança e alegria em sua secretária eletrônica. Horas depois, ele conversou com elas por 15 minutos.
Segundo Iglesia en Córdoba, quando a morte de Madre Adriana era iminente, o papa Francisco “consolou a freira em seus últimos momentos de vida” e, depois de sua morte, “entrou em contato novamente com o mosteiro para transmitir condolências ao resto da comunidade de freiras”.
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