4 de jun de 2024 às 00:01
A Igreja comemora hoje (4) são Francisco Caracciolo, religioso italiano do século XVI, fundador, junto com o padre Agostinho Adorno, da Ordem dos Clérigos Regulares Menores, da qual foi superior-geral.
Francisco foi chamado de “o pregador do amor de Deus” porque, em sua pregação, fazia constante alusão à misericórdia de Deus para com os pecadores.
O padre Francisco, ao mesmo tempo, sempre foi um fiel devoto da Santíssima Virgem. Deus lhe concedeu o dom de curar doenças e, em várias ocasiões, ele conseguiu restaurar a saúde de pessoas doentes simplesmente fazendo o sinal da cruz sobre elas.
Com uma mente inquieta e uma alma dócil às moções do Espírito Santo, liderou, ao longo de sua vida religiosa, várias iniciativas com o desejo de estender o Reino de Deus.
Francisco foi o fundador de um dos maiores conventos de Nápoles, Itália, que logo se encheu de vocações. Fez o mesmo na Espanha, nas cidades de Madri, Valladolid e Alcalá.
Curado da pior doença
Francisco Ascanio Caracciolo nasceu em 13 de outubro de 1563 na região de Abruzzo, na Itália. Aos 22 anos, ele contraiu lepra, uma doença de pele que era incurável na época. Os médicos desistiram dele e seus amigos logo se afastaram, deixando-o sozinho.
Sentindo-se perdido, ele se voltou para o Senhor, a quem pediu que o salvasse. Em sua oração de súplica, prometeu a Deus que daria um significado diferente à sua vida e que, se Ele o curasse, ele se tornaria padre e dedicaria sua vida ao apostolado.
Curado por um milagre, Francisco decidiu cumprir sua promessa e começou a se preparar para o sacerdócio. Ele foi para Nápoles para estudar teologia e lá, assim que foi ordenado padre, juntou-se a um grupo de religiosos dedicados a ajudar os prisioneiros nas prisões.
Em 1588, o papa Sisto V deu sua aprovação à nova Congregação que Francisco e seus companheiros fundaram. O papa então deixou sob os cuidados da nova ordem a residência ao lado da famosa basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
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Os clérigos menores, conhecidos como “caracciolos” ou “caracciolinos”, trabalhavam em prisões e hospitais, proclamando o Senhor nessas circunstâncias difíceis, bem como andando pelas ruas ou por vilarejos inteiros.
Francisco deu o melhor de sua vida trabalhando para a extensão do Reino de Deus na Terra, uma tarefa difícil e exigente, principalmente porque muitas almas estavam endurecidas.
O tempo que o santo dedicava à oração e à vida em comum com seus irmãos foram os pilares que o sustentaram.
Em 1607, o padre Francisco Caracciolo renunciou ao cargo de superior-geral para se dedicar exclusivamente à oração e à meditação.
Graças à orientação e ao cuidado de Francisco, seus filhos espirituais desenvolveram um estilo de vida que equilibrava a pregação (trabalho pastoral) com a vida contemplativa.
Para o santo, todo trabalho em prol dos que sofrem tinha de ter uma base espiritual. Foi no esforço de acompanhar seus filhos que Francisco começou a desenvolver as características do místico.
Em seu quarto no convento de Nápoles, ele foi encontrado várias vezes deitado no chão em êxtase, com os braços em cruz, de frente para seu crucifixo.
Em 4 de junho de 1608, aos 44 anos, são Francisco Caracciolo morreu após sofrer de febres intensas.
Ele foi beatificado pelo papa Clemente XIV em 4 de junho de 1769 e canonizado pelo papa Pio VII em 24 de maio de 1807.
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