A recente reaproximação política entre Vitor Hugo, ex-prefeito de Cabedelo e presidente estadual do AVANTE, e o governador João Azevedo (PSB), lança novos questionamentos sobre sua capacidade de liderança. Ao oficializar ontem a adesão do AVANTE ao bloco governista, Vitor Hugo reposiciona o partido em um contexto que desafia sua articulação local, especialmente em Campina Grande.
Ruptura por tabela
Ao alinhar o AVANTE ao projeto de João Azevedo, Vitor Hugo sinaliza um afastamento da base oposicionista na Paraíba, incluindo o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil) e do senador Efraim Filho (União Brasil). Essa mudança deixa em aberto a postura que o vereador Luciano Breno, 1º vice-presidente da Câmara campinense, adotará a partir de agora. Seguirá ele fiel ao prefeito ou acatará a orientação partidária e passará a defender os interesses do governador no plenário?
Só para registro, o vereador já foi lider do goberno Bruno Cunha Lima na Câmara da cidade.
Palavras e pragmatismo
Em suas declarações, Vitor Hugo enfatizou a lealdade como um de seus lemas: “Nada melhor do que cumprir a palavra. E cumprir a palavra é meu lema: eu vou cumprir agora e levar o AVANTE para marchar junto com o governador em 2026”. Contudo, a dinâmica local em Campina Grande pode colocar essa lealdade à prova. O apoio de Luciano Breno foi conquistado por Bruno Cunha Lima nas últimas eleições, e sua migração para o bloco governista não será uma decisão isenta de pressões.
Campina Grande no foco
Com a adesão ao bloco governista, Vitor Hugo precisa demonstrar que sua liderança vai além de discursos. Campina Grande, onde o AVANTE ocupa uma posição influente, torna-se a arena principal dessa disputa. O vereador Luciano Breno, ao aceitar ou resistir à orientação partidária, será um termômetro da capacidade de Vitor Hugo de unificar o partido sob uma nova diretriz.
O teste de liderança
O desafio é claro: Vitor Hugo conseguirá consolidar o AVANTE como uma força coesa no campo governista ou enfrentaremos um partido dividido entre lealdades locais e estaduais? Mais ainda, qual será o papel de Luciano Breno nessa equação? Permanecerá ele ao lado do prefeito Bruno Cunha Lima, de quem recebeu apoio, ou aderirá à oposição municipal para reforçar o projeto do governador?
Enquanto essas respostas não chegam, Campina Grande desponta como a primeira prova de fogo para a liderança de Vitor Hugo. Será ele capaz de conduzir o partido em uma transição tão delicada ou veremos fissuras emergirem no AVANTE em um dos seus principais redutos eleitorais? A resposta virá dos desdobramentos na Câmara campinense e no comportamento de sua bancada.
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