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Cuidado com a “Laranja Madura”: A inesperada adesão de Vitor Hugo à base do governo

Cuidado com a “Laranja Madura”: A inesperada adesão de Vitor Hugo à base do governo

“Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé…”

O clássico de Ataulfo Alves nunca fez tanto sentido como agora, diante da “repentina” aproximação do ex-prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (AVANTE), à base do governador João Azevêdo (PSB). Aquele que já foi um críticos da gestão estadual parece ter “mudado de tom” – mas será que a melodia não esconde uma dissonância perigosa?

Vitor Hugo, que já chegou a responsabilizar o governador pelo aumento da violência em Cabedelo, criticou a gestão estadual e até cancelou o desfile de 7 de Setembro com uma justificativa bastante controversa. Agora, sob o argumento de retribuir apoio pelo fato de o PSB ter respaldado a candidatura de André Coutinho em Cabedelo, tenta justificar sua aproximação com a base governista.

Vale lembrar que o mérito desse apoio do PSB se deu exclusivamente pela articulação do deputado federal Mersinho Lucena (PP). Vitor Hugo, por sua vez, não teve absolutamente nada a ver com isso, já que sua limitada capacidade de articulação política jamais alcançaria tal patamar.

Diante disso, surge uma pergunta inevitável: não seria esse movimento uma tentativa de buscar proteção?

A política tem seus enigmas, mas alguns são mais fáceis de decifrar. Quando lembramos de casos como o recente escândalo do lixo, que envolve suspeitas de superfaturamento, ou os desdobramentos da Operação En Passant, que investiga compra de votos e vínculos com facções criminosas, é impossível não pensar: por que essa súbita adesão agora?

Eu, no lugar do governador desconfiava das laranjas maduras demais na beira da estrada. O ex-prefeito Vitor Hugo pode estar em busca de uma sombra confortável para se proteger do sol escaldante das investigações. Antes de abrir as portas da base governista, me certificaria de que não há marimbondos escondidos nesse gesto “altruísta”.

Se a política de Vitor Hugo for como a música, o refrão já é previsível: “Ou tá bichada, Zé…”

Fiquemos atentos, pois essa trama política pode acabar virando um samba de enredo daqueles que ninguém esquece.

 

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!