Nada como um bom investimento para colher os frutos do “reconhecimento”!
O ex-prefeito de Cabedelo, envolvido na Xeque-Mate e En Passant Vitor Hugo, parece ter encontrado um caminho peculiar para o novo estrelato: ter pago regiamente quem o reconheceu. Descobrimos, com exclusividade, que a Federação que o destacou como gestor municipal recebeu, durante sua gestão, quase R$ 180 mil reais. Segundo o sistema do Tribunal de contas, só em 2023 esta federação teria recebido mais de 51 mil reais. Esses valores, repassados sem licitação, foram obtidos das planilhas do SAGRES, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Será coincidência que quem recebe também “reconhece”? Ou seria essa mais uma modalidade de “autoelogio subsidiado”? A situação é tão curiosa que talvez precisemos de um novo prêmio: o Troféu Caixa Automático da Gestão Pública, entregue ao gestor que mais sabe transformar recursos públicos em “reconhecimentos” pessoais.
O mais inquietante e doentio é que esses “reconhecimentos” são usados como trampolim para criar uma narrativa de sucesso que mascara uma gestão cheia de escândalos, controvérsias e pontos obscuros. A relação entre os repasses financeiros e os reconhecimentos deveria ser tema de reflexão, não motivo de manchetes laudatórias. Afinal, é fácil ser destacado quando o “reconhecedor” também é agraciado.
Para a população, fica a pergunta: o que vale um reconhecimento que, ao invés de refletir conquistas genuínas, está manchado por transferências financeiras questionáveis? Transparência e ética são essenciais para que qualquer gestão pública seja reconhecida por seu mérito real e não por artifícios que confundem propaganda com realidade.
À medida que essas revelações vêm à tona, é hora de exigir respostas e responsabilizações. O ex-prefeito Vitor Hugo, talvez precise de um novo troféu: o Prêmio CARA DE PAU, dedicado a quem mais confunde reconhecimento com autopromoção possivelmente financiada.
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