3 de mai de 2024 às 16:06
O bispo-auxiliar da diocese de Anápolis (GO), dom Dilmo Franco de Campos, junto com três padres estiveram de terça-feira (23) até hoje (3) na Guiné-Bissau para visitar a missão que a Comunidade Católica Nova Aliança mantém no país.
Dom Dilmo foi acompanhado pelos padres Cássio Caetano, Allan Paiva, Paulo Henrique Almeida e outros dois missionários da Comunidade Nova Aliança.
Há quase dez anos que a Nova Aliança, comunidade católica com sede em Anápolis, tem uma missão na cidade de Gabú, diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau.
O objetivo da viagem foi conhecer de perto a missão, distribuir alimentos, medicamentos, roupas, além de oferecer apoio espiritual, emocional e educacional às comunidades locais.
“Dom Dilmo está muito feliz por contemplar de perto o esforço dos missionários e pretende expandir a colaboração eclesial da nossa diocese com esse projeto que é desenvolvido aqui de evangelização”, disse o padre Almeida à ACI Digital.
A missão é composta atualmente por quatro integrantes da Comunidade Nova Aliança, que abraçaram a causa no local desde 2016, e tem como base três pilares fundamentais: saúde, educação e evangelização.
“Eu estou muito feliz, grato a Deus por essa oportunidade. Por conhecer esse dinamismo da Igreja aqui na África. Tem um crescimento das comunidades cristãs católicas, mesmo numa cidade de maioria muçulmana”, disse o padre Paulo Henrique sobre a sua experiência de missões.
Guiné-Bissau é um país africano que faz fronteira com Senegal e Guinea. Tem pouco mais de 2 milhões de habitantes dos quais apenas 12% são católicos. Foi colônia de Portugal até 1974, por isso o português consta ainda como língua oficial. No país há duas dioceses, Bissau, cujo bispo é dom José Lampra Cá e a diocese de Bafatá que está vacante desde a morte do bispo brasileiro dom Pedro Zilli, por covid-19 em 2021.
A comunidade Nova Aliança fundou a primeira escola católica da cidade de Gabú, onde estudam 184 crianças da educação infantil até o 4º ano do ensino fundamental.
Segundo o padre Almeida, muitos dos católicos atuais foram alunos de escolas católicas que se converteram através do testemunho dos professores e missionários católicos pois “vão crescendo com um olhar muito positivo sobre o cristianismo. Muitos deles pedem o batismo”.
“Os desafios das comunidades são grandes, os problemas sociais são bem desafiadores”, mas “vejo com muita esperança a Igreja aqui na África”, disse o padre.
Para ele, os maiores desafios são a pobreza e a precariedade dos serviços básicos, o sincretismo religioso e a “incoerência dos cristãos, daqueles que são batizados e não vivem aquilo que deveriam viver”.
Além da escola, a Comunidade Nova Aliança faz um trabalho social no Hospital Regional de Gabú, no atendimento às mulheres com gravidez de risco. Também ajudam na catequese de crisma e primeira comunhão da única paróquia de Gabú, Santa Isabel de Portugal, e os missionários também estão inseridos nas diversas atividades e comissões da diocese de Bafatá.
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