24 de dez de 2024 às 21:42
A esperança vive, disse hoje (24) o papa Francisco na missa da véspera de Natal no Vaticano, ao falar sobre o incrível fato de que o Deus infinito se tornou uma Criança pequena.
“Deus é Emanuel, ele é Deus conosco. O infinitamente grande tornou-se pequeno; a luz divina brilhou através das trevas do mundo; A glória do céu apareceu na terra. E como? Na pequenez de uma criança. E se Deus vier, mesmo quando o nosso coração se assemelha a uma pobre manjedoura, então podemos dizer: a esperança não está morta, a esperança está viva e envolve a nossa vida para sempre”, disse hoje o papa na basílica de São Pedro.
O papa Francisco, de 88 anos de idade, celebrou a missa na Noite de Natal do Senhor depois de abrir a porta santa da basílica para iniciar oficialmente o Jubileu 2025.
Com a abertura da porta santa, disse Francisco, “cada um de nós pode entrar no mistério desse anúncio da graça”.
“Esta é a noite em que a porta da esperança se abriu para o mundo; esta é a noite em que Deus diz a cada um: há esperança também para você!”, disse o papa em sua homilia de Natal.
Francisco disse que o Jubileu, que tem como tema “Peregrinos da Esperança”, é uma oportunidade para todas as pessoas terem esperança no Evangelho, esperança no amor e esperança no perdão.
“Ela nos convida a redescobrir a alegria do encontro com o Senhor, nos chama à renovação espiritual e nos compromete com a transformação do mundo, para que este se torne verdadeiramente um tempo jubilar”, disse o papa Francisco.
O mundo realmente precisa de esperança agora, continuou o papa, especialmente em meio a guerras, bombardeios de hospitais e escolas e crianças sendo metralhadas.
Embora os sintomas de um resfriado mantivessem o papa em sua residência no fim de semana antes do Natal, ele estava bem o suficiente hoje para abrir a porta santa e celebrar a missa da véspera de Natal. Essa foi também uma de suas primeiras aparições públicas com aparelhos auditivos.
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No rito de abertura da porta santa, Francisco, sentado em sua cadeira de rodas, inclinou-se para bater na porta dourada, que estava selada desde o jubileu extraordinário da Misericórdia em 2016. Quando assistentes abriram os dois lados da porta, o coro cantou em latim: “Este é o portão do Senhor. Onde os justos entram. Eu entro em Tua casa, ó Senhor”.
O papa então passou pela porta e entrou na basílica, seguido por cardeais, bispos, padres, ministros, representantes de igrejas cristãs dos cinco continentes vestindo roupas tradicionais de seus países, para a missa de Natal.
“Nesta noite é para vocês que se abre a ‘porta santa’ do coração de Deus”, disse o papa na homilia. “Jesus, Deus-conosco, nasceu para você, para mim, para nós, para cada homem e mulher. E, vocês sabem, com Ele a alegria floresce, com ele a vida muda, com ele a esperança não decepciona”.
Francisco disse que a tarefa dos cristãos no ano jubilar é levar esperança às diferentes situações da vida, porque a esperança cristã “não é o final feliz de um filme” a ser esperado passivamente, mas “a promessa do Senhor ser bem-vindo aqui, agora, nesta terra sofredora e gemendo”.
“Aprendamos com o exemplo dos pastores: a esperança nascida nesta noite não tolera a indolência dos sedentários e a preguiça daqueles que se acomodaram em seus confortos – e muitos de nós, corremos o risco de nos acomodarmos em nossos confortos”, disse o papa Francisco.
“A esperança não admite a falsa prudência de quem não se exime por medo de se comprometer e o cálculo de quem pensa só em si mesmo; A esperança é incompatível com a vida tranquila de quem não levanta a voz contra o mal e contra as injustiças consumadas na pele dos mais pobres”.
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