Preparador da seleção feminina de basquete critica aborto tardio e é afastado

O preparador físico da seleção feminina de basquete do Brasil, Diego Falcão, foi demitido pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), no sábado (22) depois de fazer postagens em defesa da proibição do aborto tardio ora em discussão o Congresso Nacional. Atletas da seleção pediram o afastamento do preparador, anunciado depois pela CBB, que não informou oficialmente o motivo do afastamento do preparador que trabalhava com a seleção desde 2019.

Falcão publicou duas frases em suas redes sociais no dia 18 de junho. Uma era um post do padre Paulo Ricardo, da arquidiocese de Cuiabá (MT): “Eu não sei como você foi concebido, se em pecado, não sei se nasceu de um estupro ou de um casamento sacramentado, não me importa. Desde toda a eternidade Deus sonhou com você! A vida não é um fardo, meu irmão, é uma bênção”.

O outro post era uma frase de santa Teresa de Calcutá: “Qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar qualquer violência para conseguir o que deseja”.

As jogadoras Clarissa dos Santos e Damiris Dantas pediram a saída do preparador. Segundo a CBB, as postagens do preparador físico provocaram uma “quebra de confiança” com algumas atletas da seleção.

Clarissa dos Santos e Damiris Dantas também usaram suas redes sociais para criticar as postangesn de Falcão: “É inaceitável que um profissional que trabalha com o feminino demonstre esse tipo de posicionamento nas redes sociais. O estupro é um crime grave e é fundamental que as mulheres tenham o direito de decidir e expressar sua opinião sobre isso”, escreveu Dantas.

Para Clarissa dos Santos, “o post não estava falando sobre vida, mas sobre morte psicológica através de uma violência, que é o estupro. Morte psicológica pensando nas que sobrevivem, porque muitas morrem. É triste porque é difícil entender que tem pessoas desse tipo trabalhando com o basquete feminino”.

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A seleção feminina de basquete do Brasil não se classificou para a Olimpíada de Paris, que começa no dia 26 de julho. Falcão atuava na seleção desde 2019.

Maurício do Vôlei

O ex-jogador de vôlei masculino e deputado federal, Maurício Souza (PL-MG), apoiou Falcão.

Em vídeo em suas redes sociais, Maurício disse que o caso do Diego Falcão era “mais um absurdo que aconteceu no nosso país”: ele “foi desligado recentemente da seleção por defender aquilo que acreditava, defender seus princípios, seus valores, defender sua família, por ser contra o aborto”.

Maurício foi desligado da seleção brasileira em 2021 por criticar nas redes sociais uma história em quadrinho do novo Super-Homem, que se assumia bissexual e aparecia beijando outro homem.  “Diego tem o nosso total apoio, a nossa total consideração, admiração e respeito. Porque pessoas como você tá difícil. Que estão dispostas a pagar o preço, de defender aquilo que acredita”, disse Maurício.

“Ou seja, se ele fosse a favor do aborto ele estava dentro da seleção brasileira ainda. Se ele defendesse assassinato dentro da barriga das mães, ele estava na seleção brasileira ainda”, disse o ex-jogador.



FONTE: ACI Digital

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