Organização ajuda pacientes a encerrar a vida fieis à doutrina católica

À medida que a eutanásia e o suicídio assistido são legalizados em mais jurisdições nos EUA e no resto do mundo, um ministério focado no catolicismo promove recursos paliativos que, segundo o fundador do grupo, vão ajudar os católicos a concluir sua vida na terra segundo a doutrina da Igreja.

 

A organização sem fins lucrativos Aging with Dignity (Envelhecendo com Dignidade, em tradução livre) que há anos promove o apoio a morrer segundo a doutrina da Igreja, anunciou este mês o lançamento de Finishing Life Faithfully (Terminando a Vida Fielmente, em tradução livre), um livreto que “torna mais fáceis decisões complexas ao fim da vida”. Os materiais abordam “questões básicas” sobre como abordar tópicos da morte, como controle da dor, sondas de alimentação e outros assuntos que envolvem a morte.

 

O documento “resume a orientação da Igreja sobre tomar decisões ao fim da vida e as considerações éticas envolvidas e ajuda pacientes e familiares a entender melhor essa doutrina e segui-la”, disse o grupo este mês.

 

O fundador e CEO da Aging with Dignity, Jim Towey, que já foi consultor jurídico de santa Teresa de Calcutá, disse à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, ao qual pertence ACI Digital, esta semana, que lançou a organização sem fins lucrativos em 1996 “para dar às pessoas uma visão esperançosa para a morte que as ajude a praticar sua fé e que não trate a morte como se fosse apenas um evento médico”.

 

Durante anos, a Aging With Dignity distribuiu seu documento legal “Five Wishes” (Cinco Desejos, em inglês), que ajuda católicos e outros “a expressar [seus] desejos antes de uma doença grave”. Towey disse que uma forma do que é conhecido como uma “diretriz avançada” permite que os fiéis “atendam às suas necessidades pessoais, emocionais e espirituais” antes das últimas semanas e dias de suas vidas.

 

O programa Five Wishes é muito popular. O grupo já distribuiu mais de 40 milhões de exemplares do guia em 33 idiomas. Towey disse, porém, que o programa “precisava de um guia para ajudar os católicos a entender a doutrina da Igreja sobre sondas de alimentação, unção dos enfermos, cuidados paliativos e controle da dor”.

 

Towey disse que passou todo o ano passado trabalhando com vários colaboradores, incluindo padres, para desenvolver o guia. O grupo diz que o documento oferece “uma visão positiva dos cuidados no final da vida que contrasta com os movimentos de eutanásia e do suicídio assistido”.

 

O guia fornece informações sobre as questões éticas que muitas vezes cercam as preocupações com a morte. O livreto observa, por exemplo, que os católicos “podem tomar ou aumentar a medicação para a dor para diminuir o sofrimento”, mesmo que essa medicação possa acelerar o início da morte, desde que “a morte não seja desejada como um fim ou um meio”.

 

Por outro lado, o livreto ressalta que os católicos não são “obrigados a aceitar ou continuar todas as intervenções médicas disponíveis” e que renunciar a “tratamentos médicos desproporcionais” que prometam “apenas um prolongamento precário ou doloroso da vida”, “não é o equivalente a suicídio ou eutanásia”.

 

A organização distribui os materiais por meio de mais de 5 mil organizações distribuidoras, incluindo prestadores de serviços de saúde, igrejas e empregadores. Os indivíduos geralmente solicitam os documentos para distribuir a familiares ou amigos.

 

Tanto a eutanásia quanto o suicídio assistido têm sido legalizados em cada vez mais jurisdições nos EUA e na Europa ocidental. O suicídio assistido é legal em nove estados dos EUA e está sendo considerado em vários outros. Vários países, por sua vez, permitem a eutanásia e/ou o suicídio assistido, incluindo Canadá, Bélgica, Espanha e vários outros.

 

Towey disse que, ao fundar a organização, há quase 30 anos, já havia sinais de alerta sobre esses procedimentos mortais.

 

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“O que eu vi em 1996 foram as nuvens se acumulando a favor do suicídio assistido. Agora as tempestades começaram”, disse.

 

“Estamos vendo cada vez mais pessoas, inclusive católicos, sendo enganadas pelos argumentos a favor do suicídio assistido”, disse.

 

Tanto a diretriz avançada quanto o guia de fim de vida foram elogiados por líderes da Igreja nos EUA, incluindo o arcebispo de Nova York, o cardeal Timothy Dolan, e o arcebispo de Boston, o cardeal Sean O’Malley. O arcebispo de Boston descreveu os documentos como “fundamentados na primazia de proteger o dom da vida de Deus”.

 

“Estamos apenas começando. O suicídio assistido não é a solução. Bons cuidados paliativos e discussões familiares saudáveis são”, disse Towey à CNA sobre a defesa do grupo à dignidade ao morrer.

 

“A Igreja precisa facilitar isso para as famílias. Não facilitamos o acesso a algumas dessas informações. A Igreja precisa ajudar as pessoas nesta transição crítica da vida para a eternidade, a permanecerem fiéis e a serem asseguradas pelo acompanhamento da Igreja”, disse.

FONTE: ACI Digital

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