“Bofete na cara”; “tapa na cara”; vereadores reagem a aumento de 70% no salário da classe política em Patos

Em uma sessão acalorada na Câmara Municipal de Patos nesta terça-feira (23), os vereadores aprovaram, por 12 votos a 4, o projeto de lei que concede reajuste salarial para eles mesmos, o prefeito, o vice-prefeito e os secretários municipais. A medida, que passa a valer a partir de 2025, gerou forte reprovação por parte de alguns vereadores e da população presente na Câmara.

O vereador Josmá Oliveira foi um dos que se manifestaram contra o reajuste. “Isso é um bofete na cara do povo. Votei contra essa vergonha porque estamos em um momento difícil da economia. Passamos por uma pandemia, onde vários comércios quebraram. As arrecadações diminuíram. Como vou votar para um aumento de salário desses, para esse bofete?”, questionou o vereador.

Pátrian Júnior, outro vereador que votou contra o projeto, também criticou duramente a medida. “A Casa está dando um tapa na cara da população patoense. O cidadão que teve apenas 6% de aumento, o professor que foi 5% ou 7%, o comércio com 6%. Eles nos mantém aqui. Pagam nossos salários. Não vejo um pingo de justiça em se falar em aumento de 70% para vereador. Não pode o político querer sugar o suor do trabalhador. O povo vai ser derrotado, mais uma vez, por essa cada. Um salário gigantesco, salário de marajá”, afirmou Pátrian.

O projeto prevê um aumento de 70% para os vencimentos dos vereadores, que passarão de R$ 10 mil para R$ 17 mil. O presidente da Câmara receberá R$ 22 mil. O prefeito terá um reajuste de 64,7%, passando de R$ 17 mil para R$ 28 mil. O vice-prefeito receberá 50% do salário do prefeito, ou seja, R$ 14 mil. Os secretários municipais terão um aumento de 30,77%, passando de R$ 10 mil para R$ 13 mil para os titulares e equivalentes, e de R$ 3.846 para R$ 5 mil para os adjuntos.

O projeto de reajuste salarial já havia sido aprovado em primeira votação no dia 18 deste mês. Agora, a medida segue para sanção do prefeito Nabor Wanderley. Cabe ao prefeito decidir se acata ou veta o projeto.

FONTE: PB Agora

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