17 de mai de 2024 às 17:18
Depois de viver os 50 dias do tempo Pascal, a cidade de Pirenópolis (GO) vai celebrar no domingo (19), solenidade de Pentecostes, sua popular Festa do Divino Espírito Santo e as tradicionais Cavalhadas, momento folclórico onde algumas pessoas saem pelas ruas da cidade fantasiadas e mascaradas durante três dias encenando as batalhas medievais entre mouros e cristãos conhecida como a Batalha de Roncesvales, ocorrida em 778 D.C, próximo de Roncesvales em Navarra, próximo da atual fronteira entre Espanha e França.
A Festa do Divino Espírito Santo em Pirenópolis é celebrada desde 1819. Criada em Portugal pela rainha Isabel, foi trazida ao Brasil pelos Jesuítas com o objetivo de atrair negros e índios para a fé católica, segundo os registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Goiás. É a maior manifestação popular da cidade e atrai milhares de pessoas todos os anos. Em 2010, foi reconhecida oficialmente Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
As celebrações começam às 4h com uma alvorada na paróquia Nossa Senhora do Rosário, igreja matriz de Pirenópolis, e às 9h, missa solene. Às 13h começa o primeiro dia das cavalhadas no Módulo Esportivo de Pirenópolis. As cavalhadas deste ano iriam ocorrer no Cavalhódromo de Pirenópolis, que teve suas obras iniciadas no início deste ano, mas devido as chuvas prolongadas na cidade não pode ser entregue a tempo da festa.
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O último dia das cavalhadas será na terça-feira, 21 de maio, às 13h com a confraternização entre mouros e cristãos. Depois da encenação, os cavaleiros seguem para a porta da igreja de Nosso Senhor do Bonfim para a oração final de agradecimento da festa e uma última salva de tiros.
Segundo a Biblioteca Nacional Digital Brasil, as cavalhadas de Pirenópolis foram instauradas em maio de 1826 pelo padre Manuel Amâncio da Luz, como um espetáculo nomeado “O Batalhão de Carlos Magno”, representando a história da luta entre o imperador do Ocidente coroado em 800, pelo papa Leão II, Carlos Magno e os mouros mulçumanos que invadiram a Península Ibérica com a pretensão de forçar os cristãos a aderirem à religião muçulmana.
O primeiro dia das cavalhadas é o ápice da Festa do Divino e começa com a evocação ao Divino Espírito Santo. Canta-se o Hino do Divino e todos os grupos folclóricos da Festa do Divino: Catireiras, Congados, Pastorinhas, Dança de Fitas, Banda de Couros, a Banda de Música Phoenix e os Cavaleiros Mascarados entram no campo de batalha. Neste momento o povo fica de pé com chapéus na mão e os grupos folclóricos formam blocos à frente dos “mascarados” que montam em pé seus cavalos.
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