Serviço jesuíta de ajuda diz que 100 mil refugiados são afetados sem verba do governo dos EUA

Serviço jesuíta de ajuda diz que 100 mil refugiados são afetados sem verba do governo dos EUA

Cerca de 100 mil refugiados em todo o mundo que recebem ajuda de uma organização jesuíta internacional serão afetados pelo congelamento por 90 dias do pagamento do governo americano a instituições de ajuda ordenado pelo presidente Donald Trump, segundo o Serviço Jesuíta aos Refugiados dos EUA (JRS, na sigla em inglês).

Segundo um documento divulgado em 7 de fevereiro à CNA, agência em inglês da EWTN News, o congelamento “gerou uma paralisação total do trabalho” para a organização, que dá assistência a refugiados e outras pessoas deslocadas em nove países.

O financiamento do Escritório de População, Refugiados, e Migrantes do Departamento de Estado dos EUA para o ano fiscal de 2025 teria totalizado cerca de US$ 18 milhões (cerca de R$ 103, 8 milhões), e o congelamento do financiamento “poderia ter impacto negativo em cerca de 103 mil refugiados e outras pessoas deslocadas à força”, disse o JRS.

O JRS foi fundado pelo superior-geral da Sociedade de Jesus, o padre Pedro Arrupe, para atender refugiados vietnamitas que fugiram de seu país de origem no fim da Guerra do Vietnã em 1975. A organização foi reconhecida oficialmente pela Santa Sé em março de 2000.

Pedro Arrupe era o superior dos jesuítas quando o papa Francisco entrou para a ordem. Arrupe representou sua ordem no Concílio Vaticano II.

Desde que a diretriz do governo Trump suspendeu toda a ajuda externa em 24 de janeiro para uma revisão de 90 dias, organizações católicas internacionais sem fins lucrativos que dependem de financiamento federal, como a Catholic Charities e a Catholic Relief Services, enfrentam uma situação de crise.

Apesar do anúncio de Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, de que isenções serão concedidas para certos programas “que salvam vidas”, o documento diz que “há uma falta de compreensão e certeza sobre o que isso significa, então os fundos ainda não estão fluindo”.

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A JRS USA faz operações no Chade, Colômbia, Etiópia, Índia, Iraque, África do Sul, Sudão do Sul e Uganda. Eles fornecem serviços essenciais como alimentação, remédios, transporte, assistência financeira, cuidados para órfãos e crianças desacompanhadas e cuidados psiquiátricos.

Segundo informações divulgadas à CNA, o Chade, a Colômbia e o Iraque têm o maior número de refugiados que serão afetados negativamente pelo congelamento do financiamento, com cerca de 160 mil beneficiários diretos e indiretos no Chade, cerca de 54 mil no Iraque e cerca de 13 mil na Colômbia.

O diretor nacional do JRS na Tailândia, onde cerca de 12 mil refugiados devem ser afetados pelo congelamento, disse à CNA que “a suspensão repentina do trabalho do JRS com pessoas preocupantes de Mianmar deixou muitos em alto risco de sofrimento psicossocial que pode alterar suas vidas”.

“Eles já achavam difícil recuperar sua rede de apoio social e meios de subsistência perdidos no exílio, e a incerteza de recomeçar uma vida ou sobreviver continua a incomodá-los profundamente”, disse também o diretor do serviço no país, que não foi identificado.

O coordenador do JRS para um centro de programa educacional na Índia disse em outra declaração: “Era um lugar de esperança, amor e alegria, o espaço seguro deles, mas agora é um centro abandonado que tem impacto na educação de cerca de 200 alunos”.

“Cerca de 300 [crianças de Mianmar] dependem inteiramente do JRS para continuar sua educação na esperança de que eles sejam os responsáveis ​​por trazer mudanças e pôr fim ao conflito. Embora alguns possam acreditar que não têm outras escolhas, eles são sobreviventes que podem moldar o futuro, e eles vêm ao centro todos os dias brilhando”, disse também a declaração.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!