1 de fev de 2025 às 17:15
Na oração das vésperas do Dia Mundial da Vida Consagrada, na Basílica de São Pedro, hoje (1º), o papa Francisco exortou os padres, religiosos e consagrados a serem “portadores de luz” através dos votos de pobreza, castidade e obediência, vivendo estes princípios para transformar o mundo com o amor de Deus.
A luz da pobreza
O papa começou a sua reflexão convidando os consagrados a serem “luz da pobreza”. Segundo o papa, praticando esta virtude “a pessoa consagrada, pelo uso livre e generoso de todas as coisas, com elas faz-se portadora de bênçãos”.
A prática da pobreza nos consagrados, disse Francisco, rejeita tudo o que “pode ofuscar a sua beleza – o egoísmo, a avareza, a dependência, o uso violento e para fins de morte– e abraça, em vez disso, tudo o que a pode exaltar: a sobriedade, a generosidade, a partilha, a solidariedade”.
A luz da castidade
A segunda luz que o papa Francisco pediu que os consagrados carreguem é a “luz da castidade”. Ele disse que os padres, os religiosos e os consagrados que renunciam ao amor conjugal reafirmam “o primado absoluto, para o ser humano, do amor de Deus, acolhido com um coração indiviso e esponsal, e aponta-o como fonte e modelo de qualquer outro amor”.
“Sabemos que estamos a viver num mundo frequentemente marcado por formas distorcidas de afetividade, em que o princípio ‘o que me agrada acima de tudo’ – este princípio – leva a procurar no outro mais a satisfação das próprias necessidades do que a alegria de um encontro fecundo”, disse o papa Francisco na homilia.
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Segundo o papa, a castidade deve mostrar verdadeiramente “a beleza do amor que se doa” para que “não surjam fenômenos deletérios como o endurecimento do coração ou a ambiguidade das escolhas, fonte de tristeza, insatisfação e causa, por vezes, em sujeitos mais frágeis, do desenvolvimento de verdadeiras ‘vidas duplas’”.
A luz da obediência
O papa Francisco os exortou a serem “a luz da obediência”, considerando esta virtude como “a luz da Palavra que se torna dom e resposta de amor”.
Francisco lamentou que na sociedade atual haja uma tendência a “falar muito e ouvir pouco”, o que afeta profundamente as relações familiares e de trabalho.
Em resposta a isto, ele propôs “a obediência consagrada como antídoto contra esse individualismo solitário, promovendo como alternativa um modelo de relação marcado pela escuta ativa, onde ao “dizer” e ao “ouvir” se segue a concretude do “agir”, e isto também à custa de renunciar aos meus próprios gostos, planos e preferências”.
O papa concluiu a sua homilia convidando os consagrados a viver estas três virtudes para experimentar a “alegria do dom, vencer a solidão e descobrir o sentido da própria existência no grande plano de Deus”.
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