Nesse sentido, Pasternak reforçou sua crença de que não é a psicanálise, mas sim a relação do paciente com o terapeuta que traz resultado ao tratamento. “Tem um estudo fala que a presença, a empatia, a relação com o terapeuta é muito mais importante para o desfecho [do tratamento] do que a técnica que o terapeuta usa. Então se tem boa relação de troca [entre paciente e profissional], quando bate o santo, isso é muito mais importante para o desenvolvimento do caso clínico da pessoa, do que a técnica que o terapeuta está usando, se é psicanálise, psicologia comportamental ou outra coisa.
É muito difícil a gente testar isso, porque não é uma coisa tão direta quanto testar uma vacina. Mas tem estudos muito bem feitos que apontam para essa direção, de que não é a psicanálise, é a relação com o terapeuta, com uma pessoa bacana, com um amigo [que ajuda no tratamento].
Natália Pasternak é coautora do livro “Que bobagem!: pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério”. Na obra, ela apresenta práticas populares no Brasil, entre as quais a psicanálise, mas que para ela não têm evidências científicas que corroborem sua eficácia para tratar pessoas.
Pasternak crítica constelação familiar no judiciário
Natália afirmou que a constelação familiar se enquadra entre as práticas consideradas como pseudociência pela falta de evidências científicas de sua eficácia. “A constelação familiar é uma pseudociência preconceituosa, machista, racista, que revitimiza pessoas, principalmente mulheres vítimas de violência doméstica e de agressão”.
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