5 de jul de 2024 às 13:49
O prelado do Opus Dei, monsenhor Fernando Ocáriz, falou sobre que considera ser a aspiração que os membros da Obra devem ter no âmbito da reforma dos estatutos ordenada pelo papa Francisco, e dos 100 anos de fundação da Opus Dei por são Josemaria Escrivá, que serão celebrados em 2028.
“Nos anos que antecedem o centenário, queremos nos perguntar sobre as necessidades e os desafios da Igreja e do mundo. Queremos aprofundar nossa identidade e estudar como a Obra pode contribuir para a santificação da vida comum através de seu carisma”, disse o moderador geral do Opus Dei. “Moderador geral” é o nome estabelecido pelo motu próprio do papa Francisco sobre a Opus Dei.
“Olharemos para todo o nosso horizonte apostólico (a Igreja e o mundo) e para a parte, para dentro (a Obra), na esperança de que ambos os olhares convirjam num momento de graça. Quando penso no centenário do Opus Dei, vem à mente uma oração que o Beato Álvaro [del Portillo, primeiro sucessor de são Josemaria Escrivá na direção da Opus Dei] dirigiu pessoalmente ao Senhor: ‘Obrigado, perdoa-me, ajuda-me mais’. De certa forma, neste momento todos devemos viver esta aspiração”, disse monsenhor Ocáriz em entrevista ao jornal italiano Avvenire, publicada na terça-feira (2).
A reforma dos estatutos está sendo feita “num clima de diálogo e confiança”, disse monsenhor Ocáriz sobre a reforma feita com quatro canonistas do Opus Dei e membros do Dicastério para o Clero da Santa Sé.
Segundo monsenhor Ocáriz, a reforma deve preservar “o carisma e a natureza da Opus Dei, sem constrangê-la ou sufocá-la: por exemplo, ao enfatizar seu caráter secular e o fato de que mais de 98% dos membros são leigos, homens e mulheres que vivem sua vocação na rua, na família, no trabalho”.
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Outro ponto, que também surge das “assembleias regionais” realizadas a cada dez anos, “é o desejo de basear o trabalho apostólico da Obra cada vez mais na amizade sincera e na transformação do coração, e não em estruturas, obras ou atividades”.
Ainda há muito “a fazer para redescobrir o papel fundamental dos leigos, a sua responsabilidade eclesial e as suas infinitas possibilidades de evangelização da sociedade”, destacou monsenhor Ocáriz.
O apelo de são Josemaria a “ter um grande coração”
“Em suas catequeses na América do Sul, São Josemaria encorajou milhares de pessoas a terem um grande coração, imitando Cristo na cruz, que tinha os braços abertos para acolher a todos, sem distinção. É assim que cada membro da Obra deve agir para aliviar o sofrimento, levando o amor de Deus aos cantos mais remotos da sociedade”, disse monsenhor Ocáriz.
Sobre a frase de são Josemaria “servir a Igreja como a Igreja quer ser servida, seu significado não mudou desde o dia em que foi pronunciado: o amor à Igreja e ao papa está no DNA da mensagem de São Josemaria”, disse o moderador geral do Opus Dei.
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