Paróquia nos EUA oferece consultas agendadas para bênçãos a uniões homossexuais

Paróquia nos EUA oferece consultas agendadas para bênçãos a uniões homossexuais

Uma paróquia da diocese de Lexington, Kentucky, EUA, está promovendo abertamente bênçãos a uniões homossexuais, apesar de uma diretriz da Santa Sé sugerir que tais bênçãos devem ser “espontâneas”.

A histórica Igreja Católica de São Paulo, no centro de Lexington, diz em seu site que “duplas do mesmo sexo que gostariam de uma bênção” podem entrar em contato com o padre Richard Wilson, pároco da igreja, por telefone ou e-mail.

A oferta, feita por meio da página “Ministério LGBTQ+” da igreja, é acompanhada por um link para a declaração Fiducia supplicans publicada pela Santa Sé em dezembro do ano passado, que diz que padres católicos podem abençoar uniões homossexuais como expressão de proximidade pastoral sem tolerar os atos homossexuais.

A diretriz diz que “não deve ser evitada ou proibida a proximidade da Igreja a todas as situações em que a ajuda de Deus é solicitada através de uma simples bênção” e que “na breve oração que pode preceder esta bênção espontânea, o ministro ordenado pode pedir por estes a paz, a saúde, o espírito de paciência, diálogo e ajuda-mútua”.

Mas a declaração diz várias vezes que tais bênçãos devem ser “espontâneas” em vez de agendadas com hora marcada.

“As pessoas que vêm espontaneamente pedir uma bênção mostram com este pedido a sua sincera abertura à transcendência, a confiança do seu coração que não se fia apenas da sua própria força, a sua necessidade de Deus e o desejo de sair das medidas estreitas deste mundo fechado nos seus limites”, diz Fiducia supplicans.

“Portanto, a sensibilidade pastoral dos ministros ordenados também deve ser educada para realizar espontaneamente bênçãos que não se encontram no Ritual de bênçãos”, diz a declaração.

O documento também diz que “essa bênção nunca será dada no contexto dos ritos de união civil, nem em relação a estes. Nem mesmo com vestes, gestos ou palavras próprias de um matrimônio”.

“Estas bênçãos que são dadas, não através das formas rituais próprias da liturgia, mas como expressão do coração materno da Igreja, análogas às que emanam do mais profundo da piedade popular, não se destinam a legitimar nada, mas apenas a abrir a própria vida a Deus, a pedir a sua ajuda para viver melhor e a invocar o Espírito Santo para que os valores evangélicos possam ser vividos com maior fidelidade”, diz o texto.

A documento também diz que “tudo o quanto dito nesta Declaração, sobre as bênçãos de casais do mesmo sexo, é suficiente para orientar o discernimento prudente e paternal dos ministros ordenados a esse respeito. Portanto, além das indicações acima, não se deve esperar outras respostas sobre possíveis modalidades para regular detalhes nem aspectos práticos desse tipo de bênção”.

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Nem o padre Watson nem Stan Zerkowski, diretor do “ministério LGBT” da paróquia, responderam imediatamente a uma pergunta feita ontem (6) sobre a oferta.

Ao ser procurado para comentar o assunto por telefone, um porta-voz da diocese de Lexington se recusou a comentar.

A paróquia já promoveu bênçãos a uniões homossexuais: em uma publicação no Facebook em 1º de janeiro deste ano, a igreja disse que “foi feita história” quando duas mulheres “pediram uma bênção que o padre Richard ofereceu gratuitamente de acordo com as diretrizes em Fiducia supplicans“. A paróquia disse que as mulheres eram “casadas civilmente há 22 anos”.

Zerkowski, por sua vez, chamou a atenção da imprensa no ano passado ao dizer que o papa Francisco lhe enviou uma mensagem pessoal na qual o elogiou por seu ministério.

“Obrigado pelo seu ministério. Eu oro por você, por favor, continue fazendo isso por mim”, disse o papa. 

A paróquia de Lexington também é conhecida por sua representação em seu site da Santíssima Virgem Maria envolta em uma “bandeira do orgulho gay”.

A diocese de Lexington e o bispo John Stowe também estiveram no centro de polêmicas recentemente por apoiar Christian Matson, uma mulher que se identifica como homem e que vive como eremita há vários anos.

Especialistas alertaram que a diocese corre o risco de semear escândalo e confusão ao permitir que Matson continue a viver como monge e ao referir-se a ela com pronomes masculinos.

Enquanto isso, em Chicago, no mês passado, o padre Joseph Williams, pediu desculpas por uma bênção que deu a uma dupla homossexual, na qual estava vestido com paramentos completos, e pediu às duas mulheres às quais deu a bênção que se comprometessem “livremente a se amar como cônjuges santos”.

“Lamento profundamente qualquer confusão e/ou raiva que isso tenha causado, especialmente para o povo de Deus”, disse Williams em seu pedido de desculpas no mês passado.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!