Parlamento polonês derrota descriminalizar colaboração com aborto

Parlamento polonês derrota descriminalizar colaboração com aborto

Legisladores poloneses rejeitaram um projeto de lei que acabaria com todas as penalidades criminais para pessoas que ajudam mulheres a fazer abortos ilegais no país.

Mulheres não enfrentam penalidades criminais por buscar ou receber um aborto ilegal sob a lei atual. No entanto, um abortista que faz um aborto ilegal e qualquer pessoa que auxilia a mulher ou o abortista no aborto legal podem pegar até três anos de cadeia.

A legislação proposta teria eliminado essas penalidades. No entanto, o Sejm, câmara baixa do parlamento, derrotou por 218 votos a 215 e duas abstenções na sexta-feira (12) a mudança da legislação e garantiu que a lei permaneça intacta.

O aborto é ilegal na Polônia na maioria dos casos. Não há aborto eletivo legal na Polônia, mas a prática é legalizada até a 12ª semana de gravidez em casos de estupro, incesto e quando a vida da mãe está em risco. A proibição da maioria dos abortos se aplica tanto a abortos cirúrgicos quanto químicos.

A Conferência Episcopal Polonesa publicou uma citação do papa Francisco de 20 de março em defesa da vida na rede social X depois da votação.

“Que a Polônia seja uma terra que proteja a vida em todos os momentos, desde o momento em que ela aparece no ventre materno até seu fim natural”, disse Francisco em audiência geral no Vaticano em 20 de março. “Não se esqueçam de que ninguém é dono da vida: nem da sua, nem da dos outros.”

Rafał Bochenek, membro do Sejm pelo partido conservador Lei e Justiça, elogiou a votação em uma publicação no X e criticou o primeiro-ministro polonês Donald Tusk e outros por apoiarem o projeto de lei.

“Donald Tusk e a coalizão parecem ter um problema”, disse Bochenek. “Eles prometeram e queriam descriminalizar atividades criminosas, mas felizmente ainda há um espírito na nação… O aborto é sempre maligno!”

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Tusk lidera o partido centrista Plataforma Cívica. Seu partido lidera a Koalicja Obywatelska (Coalizão Cívica), que tem a maioria dos assentos na coalizão majoritária no parlamento. As outras duas partes da coalizão majoritária são Trzecia Droga (Terceira Via), de centro-direita, e Nowa Lewica (Nova Esquerda), social-democrata. A coalizão tem cerca de 54% dos assentos no parlamento.

Embora Tusk tenha feito campanha pela liberalização das leis de aborto da Polônia, inclusive apoiando a legalização do aborto eletivo até 12 semanas de gravidez, membros da Coalizão Cívica e da Terceira Via se uniram aos partidos conservadores minoritários para bloquear o projeto de lei de descriminalização.

A incapacidade de garantir votos suficientes gerou frustração na Nova Esquerda, que fez uma forte campanha pela expansão do aborto na Polônia e apresentou o projeto de lei.

Tomasz Trela, membro do Sejm da Nova Esquerda, criticou os membros da coalizão majoritária que se separaram de seus partidos e se opuseram à descriminalização em uma publicação na rede social X.

“A descriminalização da ajuda ao aborto acabou”, disse Trela. “Toda [a esquerda] estava lá e todos nós votamos a favor, como o único clube no Sejm. Há uma conclusão: mais esquerda no Sejm — mais normalidade na Polônia”.

A Nova Esquerda também apresentou projetos de lei que legalizariam o aborto eletivo até a 12ª semana de gestação, e a Terceira Via apresentou um projeto de lei que expandiria o aborto legal para casos em que o bebê apresentasse alguma anormalidade. Esses projetos ainda não foram votados.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!