12 de nov de 2024 às 13:31
O papa Francisco determinou a expansão da biblioteca e dos arquivos da Santa Sé para um edifício fora do Vaticano para “tornar acessível esse precioso patrimônio”.
Em carta publicada hoje (12), datada de 29 de outubro, o papa disse que parte dos arquivos e da biblioteca seriam transferidos para um prédio em propriedade extraterritorial da Santa Sé, na arquibasílica de São João de Latrão.
O edifício onde os documentos e livros serão guardados no futuro também abriga o principal seminário de Roma.
“O cuidado secular pela custódia dos atos e dos documentos relativos ao governo da Igreja universal, unida ao compromisso pelo desenvolvimento e a disseminação da cultura, são os traços característicos da atividade do Arquivo e da Biblioteca do Vaticano”, escreveu o papa Francisco em um quirógrafo papal.
Segundo a carta, serão feitas reformas para preparar o lugar. Francisco também pediu a criação de uma comissão de representantes da secretaria de Estado da Santa Sé, do arquivo apostólico da Santa Sé e da biblioteca da Santa Sé para decidir quais categorias de documentos devem ser transferidas para o novo local.
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Em julho, o papa Francisco nomeou o padre agostiniano Rocco Ronzani como prefeito do arquivo apostólico da Santa Sé.
Antes chamado de “arquivo secreto” da Santa Sé, o arquivo tem 85 km de prateleiras subterrâneas que preservam documentação de papados, concílios ecumênicos, conclaves e nunciaturas ou embaixadas da Santa Sé ao redor do mundo.
A biblioteca da Santa Sé, segundo seu site, “preserva mais de 180 mil manuscritos (incluindo unidades de arquivo), 1,6 milhão de livros impressos, cerca de 9 mil incunábulos, mais de 300 mil moedas e medalhas, mais de 150 mil gravuras, milhares de desenhos e gravuras e mais de 200 mil fotografias”.
Em sua forma atual, a biblioteca data do século XIV, embora haja evidências de que a Igreja tenha uma biblioteca e um arquivo desde o século IV d.C.
O papa Leão XIII abriu o arquivo para acadêmicos em 1881. Pesquisadores qualificados podem pedir permissão para ver documentos específicos no arquivo e na biblioteca.
Hannah Brockhaus é jornalista correspondente da CNA em Roma (Itália). Ela cresceu em Omaha, no estado americano de Nebraska e é formada em Inglês pela Truman State University no Missouri (EUA).
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