28 de jan de 2025 às 08:47
O papa Francisco é a figura pública mais confiável na Itália e as linhas mestras de seu magistério, como as preocupações sociais e ambientais, agradam à maioria dos italianos, segundo pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa Demopolis.
Cerca de 3 mil italianos participaram da pesquisa feita este mês. Embora 72% se identifiquem como católicos, pouco mais de 17% são católicos praticantes e frequentam a missa regularmente, segundo o estudo.
Os resultados do estudo foram apresentados a Francisco em audiência no palácio Apostólico, no Vaticano, por Pietro Vento, diretor do instituto, junto com os pesquisadores Giusy Montalbano e Maria Sabrina Titone.
Segundo Vento, o papa Francisco “é hoje uma figura de confiança” para 76% dos entrevistados.
“Desde o primeiro ano de seu pontificado, ele é a figura pública em que os italianos mais confiam: muito além da fé ou da prática religiosa”, disse o diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Demopolis. “Eles gostam que ele esteja em sintonia com as necessidades reais das famílias, da clareza e da espontaneidade de suas palavras”.
Dois terços dos italianos disseram que o magistério do papa é caracterizado pelo apelo incessante à paz, à fraternidade e sua firme oposição à guerra. Dos entrevistados, 60% dos italianos destacaram a atenção de Francisco aos membros mais fracos da sociedade.
Os resultados da pesquisa também mostram que quatro em cada dez italianos gostam da importância que o papa Francisco dá aos jovens. Eles também falaram sobre seu compromisso com uma Igreja acolhedora e 40% dos entrevistados destacam sua preocupação com a crise climática.
Em relação à Igreja, 45% dos italianos expressaram sua confiança na instituição.
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Os desafios da Igreja na Itália
O estudo mostra que, segundo a percepção dos italianos, a principal dificuldade da Igreja está em “conciliar fé e história” com os desafios do mundo contemporâneo.
Menos de um quarto dos entrevistados fez referência aos escândalos de abusos sexuais. Eles mostraram interesse na crise das vocações para a vida religiosa.
Os conflitos globais também são motivo de preocupação na Itália, onde 70% esperam que até 2025 o compromisso com a paz cresça e a luta contra a fome e a desigualdade seja fortalecida.
No contexto do Jubileu Ordinário da Esperança, 75% dos italianos disseram que há uma crise de esperança e esperam que o ano santo dê prioridade às necessidades sociais além de sua dimensão espiritual.
A pesquisa teve a participação de 3.008 italianos maiores de 18 anos, selecionados segundo sexo, idade e área de residência.
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