26 de fev de 2025 às 16:23
Embora o papa Francisco esteja internado no Hospital Gemelli, em Roma, há 12 dias, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou hoje (26) sua catequese sobre “o mistério da apresentação de Jesus no templo”, na qual convida os fiéis a seguir o exemplo de Simeão e Ana e “farejar a presença de Deus na pequenez”.
No início de sua catequese, o papa Francisco destacou que em Israel “não havia a obrigação de apresentar o menino no Templo, mas quem vivia à escuta da Palavra do Senhor e desejava conformar-se com ela, considerava-a uma prática preciosa”.
Assim, o papa disse que são Lucas narra no Evangelho “o primeiro ato de culto de Jesus”, no qual Nossa Senhora e são José “ocupam-se da sua guarda e do seu crescimento, introduzindo-o no ambiente da fé e do culto”.
E eles próprios, disse Francisco, “crescem gradualmente na compreensão de uma vocação que os supera em grande medida”. O papa Francisco disse que, no Templo, o Espírito Santo “fala ao coração de um ancião: Simeão, membro do povo santo de Deus, preparado na expectativa e na esperança, que alimenta o desejo do cumprimento das promessas feitas por Deus a Israel através dos profetas”.
“Simeão abraça aquele menino que, pequenino e indefeso, repousa nos seus braços; mas na realidade é ele que encontra a consolação e a plenitude da sua existência, abraçando-o”, disse o papa.
Francisco falou sobre o cântico de Simeão, “cheio de comovida gratidão”: “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra, porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos: como luz para iluminar as nações e para a glória do vosso povo de Israel (Lc 2, 29-32)”.
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Francisco destacou que Simeão “canta a alegria de quem viu, de quem reconheceu e pode transmitir a outros o encontro com o Salvador de Israel e das nações. É testemunha da fé, que recebe como dom e comunica aos outros; é testemunha da esperança que não desilude; é testemunha do amor de Deus, que enche o coração do homem de alegria e paz”.
Para o papa Francisco, o idoso Simeão “vê a morte não como fim, mas como cumprimento e plenitude, espera-a como ‘irmã’ que não aniquila, mas introduz na verdadeira vida que ele já anteviu e na qual acredita”.
O papa também falou sobre Ana, “mulher com mais de oitenta anos, viúva, totalmente dedicada ao serviço no Templo e consagrada à oração”.
A anciã, ao ver a criança, “celebra o Deus de Israel, que redimiu o seu povo precisamente naquele menino, e conta-o aos outros, propagando generosamente a palavra profética”.
“Assim, o cântico da redenção de dois anciãos liberta o anúncio do Jubileu para todo o povo e para o mundo. No Templo de Jerusalém reacende-se a esperança no coração, porque nele entrou Cristo, nossa esperança”, disse Francisco.
Por fim, o papa Francisco pediu para imitar o exemplo de Simeão e Ana, “peregrinos de esperança, que têm olhos límpidos capazes de ver além das aparências, que sabem ‘farejar’ a presença de Deus na pequenez, que conseguem receber com alegria a visita de Deus e reacender a esperança no coração dos irmãos e irmãs”.
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