2 de set de 2024 às 15:00
O papa Francisco condenou os ataques de terroristas muçulmanos que mataram centenas de pessoas em Burkina Faso, na África.
“Com dor soube que, no sábado, 24 de agosto, no município de Barsalogho, em Burkina Faso, centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas e muitas outras ficaram feridas em um ataque terrorista”, disse o papa depois da oração do Ângelus ontem (1) no Vaticano. “Ao condenar estes execráveis ataques contra a vida humana, expresso a minha proximidade a toda a nação e as minhas sentidas condolências às famílias das vítimas”.
“Possa a Virgem Maria ajudar o querido povo do Burkina Faso a encontrar a paz e a segurança”, concluiu Francisco.
O ataque terrorista de 24 de agosto
Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) a aldeia de Barsalogho “foi alvo de um ataque terrorista no qual morreram mais de 150 pessoas, incluindo 22 cristãos” no dia 24 de agosto.
Foi o terceiro ataque ocorrido em agosto e “é um dos ataques mais sangrentos da história do país, que sofre o terror islâmico desde 2015”.
Segundo relatos de diferentes meios de comunicação locais, os moradores da comunidade de Barsalogho, cerca de 30 km a norte de Kaya, capital da região Centro-Norte do país, estavam “cavando trincheiras defensivas para se protegerem de ataques terroristas quando subitamente mais de 100 jihadistas apareceram em motocicletas e abriram fogo contra pessoas, civis e soldados. Entre as vítimas estariam mulheres, crianças e idosos”.
O bispo de Kaya, Burkina Faso, dom Théophile Nare, descreveu o ataque como uma “tragédia de dimensões sem precedentes desde o início dos ataques terroristas” e apelou a três dias de oração para “reparar todos os ataques à vida humana” em que o sangue de pessoas inocentes foi derramado.
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O ataque jihadista de 25 de agosto em Burkina Faso
A ACN também informou que os jihadistas mataram 26 homens dentro de uma igreja cristã. Entre as vítimas dos extremistas islâmicos também estavam católicos.
O massacre ocorreu em 25 de agosto, num ataque à cidade de Sanaba, no oeste de Burkina Faso.
A ACN diz que os jihadistas cercaram a cidade, prenderam os seus habitantes, amarraram todos os homens cristãos com mais de 12 anos de idade, levaram-nos para uma igreja cristã próxima e cortaram-lhes a garganta.
Fontes da ACN dizem que devido à violência dos extremistas islâmicos “cerca de 5 mil mulheres e crianças procuraram refúgio na cidade de Nouna”, no noroeste do país, perto da fronteira com o Mali.
Segundo a fundação pontifícia, desde maio de 2024, cerca de 100 cristãos foram assassinados na região noroeste de Burkina Faso, enquanto “outros foram sequestrados, sem notícias do seu paradeiro”.
Na diocese de Nouna, que inclui cidades como Sanaba e Zekuy, “um grande número de locais de culto católicos, protestantes e animistas foram destruídos ou queimados nos últimos meses”, diz a ACN.
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