Papa Francisco celebra 12 anos de pontificado internado no Hospital Gemelli

Papa Francisco celebra 12 anos de pontificado internado no Hospital Gemelli

“A noite transcorreu tranquila”, disse hoje (13) a sala de Imprensa da Santa Sé sobre a saúde do papa Francisco que está internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli desde 14 de fevereiro.

Nos últimos dez dias, desde que sofreu duas crises de insuficiência respiratória aguda causadas pelo excesso de secreção nos pulmões, Francisco não sofreu mais nenhum episódio desse tipo.

Outro sinal positivo de sua evolução favorável também foi confirmado pela decisão dos médicos de retirar o prognóstico reservado de seu diagnóstico clínico.

Hoje, o papa Francisco faz 12 anos de pontificado, cercado pela equipe médica que cuida dele ininterruptamente desde que foi internado em 14 de fevereiro.

Esta é a primeira vez que o papa passa este aniversário internado. Embora sua pneumonia bilateral esteja melhorando, conforme confirmado pelos resultados da radiografia de tórax feita ontem (12), o papa não tem planos de comemorar de nenhuma maneira especial.

O diretor da Sala de Imprensa, Matteo Bruni, disse aos jornalistas ontem que o papa Francisco também não havia celebrado este aniversário no passado.

Como faz desde o início dos exercícios espirituais da Cúria Romana, Francisco acompanhará pela internet as meditações que o pregador da Casa Pontifícia, frei Roberto Pasolini, fará às 9h e às 17h (horário local) na presença de todos os cardeais, bispos e arcebispos que trabalham nos dicastérios da Santa Sé em Roma.

Oração e descanso para este aniversário

O plano do papa Francisco para hoje será a oração e o descanso. Até domingo (9), apesar da doença, ele estava trabalhando, embora em tarefas que não exigiam muito esforço. No entanto, esta semana, o papa deixou de lado suas obrigações de trabalho para se dedicar exclusivamente à preparação espiritual para este tempo litúrgico da Quaresma.

Assim como os demais bispos da Cúria Romana, ele retomará suas atividades no sábado (15).

Ele combinará orações na capela adjacente ao seu quarto no décimo andar do Hospital Gemelli, em Roma, com fisioterapia respiratória e motora, além do tratamento com antibióticos prescrito por seus médicos.

Isso inclui o uso contínuo de cânulas nasais de alto fluxo durante o dia para suporte de oxigênio e uma máscara para ventilação assistida durante o sono à noite.

Graças a esses aparelhos de respiração assistida 24 horas por dia, Francisco não teve mais nenhuma crise respiratória.

Papa Francisco, um dos papas mais longevos

Em 17 de dezembro, o papa Francisco fez 88 anos, tornando-se o terceiro papa mais longevo na história da Igreja Católica. Somente Leão XIII, que viveu até os 93 anos, e Agatão, um papa do século VII que viveu até os 102, o superaram em idade.

Problemas de saúde foram uma constante nas semanas anteriores à sua internação no hospital com bronquite grave que piorou e levou à pneumonia. No entanto, apesar da infecção respiratória que o deixou sem voz e sem forças, ele se recusou a reduzir sua agenda. Os compromissos oficiais em dezembro, janeiro e fevereiro tiveram um ritmo frenético, com até nove reuniões públicas e privadas em um único dia.

Em 14 de fevereiro, quando foi internado no hospital, o papa cumpriu todos os compromissos para aquele dia.

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Francisco se reuniu com o prefeito do Dicastério para a Evangelização, cardeal Luis Antonio G. Tagle; com o primeiro-ministro da República Eslovaca, Robert Fico; com o presidente e CEO da CNN, Mark Thompson; e com membros da Fundação “Gaudium et Spes”, diante dos quais encontrou até forças para fazer um breve discurso.

O papa Francisco lhes agradeceu o trabalho que realizam, “especialmente em favor dos mais pobres, seguindo os ensinamentos da Constituição do Concílio, da qual tomaram seu nome e que honram com suas ações”.

Ele também disse que a força do Espírito Santo leva os católicos a “serem instrumentos do amor de Deus, que busca alcançar todas as pessoas, sem distinção”.

Guerra em Gaza no centro das negociações com Fico

Antes disso, às 9h (horário local), o papa Francisco se reuniu com o primeiro-ministro da República Eslovaca, Robert Fico, por meia hora na Casa Santa Marta

O líder político foi vítima de um ataque em maio do ano passado quando, depois uma reunião do governo em Handlova, foi baleado no peito, no estômago e na perna. Um ataque que o papa recordou em seu discurso ao corpo diplomático da Santa Sé em janeiro passado, destacando-o como um exemplo trágico do “clima de suspeita” gerado por notícias que “fomentam o ódio”.

 

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O papa com o primeiro-ministro eslovaco em uma das últimas fotos antes de sua internação. Crédito: Vatican Media.
O papa com o primeiro-ministro eslovaco em uma das últimas fotos antes de sua internação. Crédito: Vatican Media.

Francisco presenteou o primeiro-ministro eslovaco com uma obra de terracota intitulada “Ternura e Amor” e lhe presenteou com alguns dos documentos papais mais importantes de seu pontificado, incluindo a Mensagem pela Paz deste ano. Ele também lhe deu o volume “Perseguidos pela Verdade: Católicos Gregos Ucranianos por Trás da Cortina de Ferro”.

Fico presenteou o papa Francisco com uma obra de bronze representando os santos Cirilo e Metódio, bispos padroeiros da Europa cuja festa é celebrada em 14 de fevereiro, e uma pintura em madeira de um artista eslovaco representando um anjo da guarda.

Logo depois, o chefe do governo de Bratislava viajou ao Palácio Apostólico do Vaticano, onde se encontrou, como de costume, com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que estava acompanhado pelo subsecretário para as Relações com os Estados, monsenhor Mirosław Wachowski.

Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, neste contexto, foi reafirmado o “apreço mútuo pelas fortes relações bilaterais e o renovado compromisso comum com a coesão social”, e foi dada especial atenção “ao tema da antropologia e das questões familiares e educacionais”.

“O quadro internacional também foi discutido em profundidade”, continua o comunicado, “com foco na instabilidade em curso na Ucrânia e nas perspectivas de paz, bem como na frágil trégua em Israel e na Palestina e na grave emergência humanitária em Gaza”.

São João Paulo II, recorde de dias internado no Gemelli

Francisco está internado há quase um mês, o período mais longo de seu pontificado de 12 anos. No entanto, até hoje, são João Paulo II foi o papa que passou mais tempo no Gemelli.

Ao longo de seu pontificado, de 1978 até sua morte em 2005, são João Paulo II foi internado no Hospital Gemelli nove vezes. No total, ele passou 153 dias no hospital.

Sua internação mais longa ocorreu de 20 de junho a 14 de agosto de 1981, quando ele passou por uma pequena cirurgia e foi tratado para uma infecção viral conhecida como citomegalovírus. Naquela ocasião, João Paulo II ficou internado por 55 dias.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!