12 de jul de 2024 às 16:26
O arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa anunciou ontem (11), por meio de uma nota que “determinou o afastamento” do padre Alcione Leal “do exercício público do ministério presbiteral na arquidiocese de Campo Grande”.
No mesmo dia, os deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT), Pedro Kemp e Zeca do PT denunciaram o sacerdote na sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso por “discurso discriminatório” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores. Segundo Kemp, eles estavam “acionando o Ministério Público e o Ministério Público Eleitoral” contra o padre, que “é um bolsonarista, descarado” e faz “politicagem dentro da igreja”.
A arquidiocese informou a ACI Digital que o afastamento do padre Alcione “foi uma decisão tomada há algumas semanas em reunião do conselho presbiteral, por motivos pastorais”.
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O sacerdote é um colaborador na paróquia Senhor Bom Jesus, no bairro Conjunto União de Campo Grande e segundo a nota da arquidiocese, ele “era membro da Sociedade Joseleitos de Cristo, da qual foi desligado” e “incardinado na arquidiocese de São Salvador da Bahia, residindo em Campo Grande há bem mais de 15 anos sem função canônica específica”.
A ACI Digital entrou em contato com a arquidiocese de Salvador sobre o sacerdote, que informou: “este sacerdote não é incardinado na arquidiocese de São Salvador da Bahia”, mas é um “religioso e o contato deve ser feito diretamente com os Joseleitos”. Os joselitos disseram a ACI Digital que o padre foi desligado da Congregação Religiosa e não respondem mais por ele. A ACI Digital também procurou o sacerdote, mas não teve retorno.
Kemp disse na sessão plenária que recebeu “denúncias de pessoas que estavam numa missa no domingo (7)”, no qual o padre Alcione atacou o ministro do STF Alexandre de Moraes chamando-o “de cabeça de ovo, que é um ditador, que está mandando no país, que é um absurdo” e “depois, se referiu ao presidente Lula como aquele de nove dedos, assim, de forma discriminatória”. O padre também teria dito que “católico que vota no PT é comunista e que vai para o inferno”.
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