13 de jul de 2024 às 01:00
Em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora de Fátima mostrou aos três pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta, na Cova da Iria, Portugal, uma visão do inferno que mostra as trágicas consequências que traz a falta de arrependimento e o que espera no mundo invisível pelos que não se convertem.
Esta visão, mostrada na terceira aparição de Fátima, forneceu aos pequenos um segredo em três partes. Na primeira parte do segredo, na qual o inferno foi mostrado, Nossa Senhora deu às crianças uma maneira de ajudar os outros para que não se condenem:
“Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial quando fizerdes alguns sacrifícios: ‘Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’”.
Uma visão aterradora
No livro “A verdadeira história de Fátima”, do padre João de Marchi, relata-se como o pai da pastorinha Jacinta, Manuel Pedro Marto, presenciou o ocorrido na Cova da Iria naquele dia.
Recordou que “assustados, pálidos e como que a pedir socorro, os pequenos levantaram a vista para Nossa Senhora, enquanto a Lúcia gritou: ‘Ai, Nossa Senhora!’”.
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Mais tarde, a pedido do bispo de Leiria, Lúcia descreveu a visão em suas “Memórias”:
“Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um grande mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas nos grandes [incêndios], sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor (deveu ser ao deparar-me com esta vista que dei esse ai! que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Assustados e como que a pedir socorro, levantámos a vista para Nossa Senhora, que nos disse com bondade e tristeza: ‘Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz’”.
Em seguida, depois da visão, Maria lhes indicou a oração essencial para ajudar os pecadores: “Quando rezais o Terço, dizei depois de cada mistério: ‘Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem’”.
Padre de Marchi assinalou que as crianças compreenderam por que a Virgem de Fátima pediu para rezar e fazer sacrifícios pelos pecadores: “Façam isso”, dizia a Senhora. “É uma coisa grandiosa, boa e amorosa e agradará a Deus que é amor”.
“Converteram-se, por livre vontade, em corredentores com Cristo. A visão do inferno que haviam tido em julho não se apagou de suas mentes. Rezaram incessantemente. Buscavam novos sacrifícios. Rezando o Terço, nunca se esqueciam de incluir a oração que Nossa Senhora lhes ensinou a dizer depois de cada dezena”, indicou o sacerdote em seu livro.
Além da visão do inferno de 13 de julho de 1917, a mensagem da Virgem de Fátima indica que se deve rezar o Terço todos os dias, fazer sacrifícios e rezar pelos pecadores, praticar a devoção dos cinco primeiros sábados do mês em honra ao Imaculado Coração de Maria e a consagração pessoal também ao seu Imaculado Coração.
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