20 de fev de 2025 às 16:07
Atendendo ao apelo do papa Francisco de transformar o mar Mediterrâneo num lugar de encontro, paz e convivência na diversidade, foi apresentado hoje (20) no Vaticano o projeto Bella Esperanza. A bordo de um barco que parte de Barcelona, Espanha, em 1º de março, 200 jovens de diferentes países, credos e línguas, navegarão pelo mar Mediterrâneo a partir de 1º de março por oito meses, terminando sua jornada em Marselha, França.
A viagem será feita em grupos de cerca de 25 jovens, com duração de oito meses e cerca de trinta escalas em diferentes portos. Cada mês será dedicado a um tema específico, como diálogo intercultural, construção da paz, a relação entre o cristianismo oriental e o ocidental, migração, meio ambiente e desenvolvimento.
O arcebispo de Marselha, França, dom Jean-Marc cardeal Aveline, disse que o projeto visa “fomentar a dinâmica da peregrinação da esperança no Mediterrâneo”, que abrangerá suas cinco margens: mar Egeu, mar Negro, Bálcãs, sul da Europa, Oriente Médio e norte da África.
O cardeal disse que essa iniciativa busca “ouvir e recolher a experiência das cinco margens”, promover a coordenação com organizações, dioceses e universidades, “viver a sinodalidade em lugares eclesiais que são uma mistura”, contribuir para a fraternidade e construir uma cultura de diálogo e paz.
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O responsável pelo projeto, o padre Alexis Leproux, destacou que o mar e o navio – uma escuna de três mastros – se tornam “instrumentos que nos permitirão inserir os jovens num triplo processo”, que envolve assumir a própria identidade, promover uma fraternidade baseada no conhecimento mútuo e se comprometer a trabalhar juntos.
O arcebispo de Barcelona, dom Juan José cardeal Omella, disse que “a diversidade reconhecida, aceita e valorizada faz crescer a identidade”, e que “a nossa identidade nacional e religiosa cresce na medida em que valorizamos, respeitamos e escutamos os outros”.
Dom Ornella disse também que esse projeto ecoa a terceira encíclica do papa Francisco, Fratelli tutti , que enfatiza que somos “diversos, mas complementares”.
“Somos chamados a compreender-nos e a construir juntos uma nova cidade”, disse o cardeal. “Se virmos o outro como um inimigo a ser derrotado, combatido, vencido ou humilhado, o mundo não avançará”.
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