12 de jun de 2024 às 06:00
Hoje (12), é celebrado no Brasil o Dia dos Namorados. Há muitos santos que podem ajudar a encontrar o amor, ou resolver os problemas no casamento.
Angelo Stagnaro, membro professo dos franciscanos seculares e autor de livros católicos, escreveu em 2022 no jornal National Catholic Register, do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, que na história da Igreja Católica existem muitos santos padroeiros que são intercessores especiais para os relacionamentos.
Alguns desses santos enfrentaram desafios em sua vida matrimonial e rezaram com insistência por seus cônjuges, para proteger a santidade do seu casamento. Outros lutaram para defender o sacramento do matrimônio e servir a Igreja.
Para quem procura o seu par
São Rafael Arcanjo, um dos sete arcanjos que estão diante do trono de Deus, é o santo padroeiro daqueles que buscam um cônjuge. Segundo o Livro de Tobias, em resposta às orações, Deus enviou o arcanjo Rafael a Tobias para ajudá-lo.
O arcanjo apareceu para ele e o ensinou como se casar com Sara, uma viúva cujos sete maridos morreram na noite de núpcias depois de serem atormentados por um demônio.
Tobias disse que o arcanjo foi diretamente responsável por ele conhecer sua esposa e expulsar o espírito maligno que havia nela. Além disso, o arcanjo o ajudou a curar seu pai cego.
Para um casamento santo e feliz
São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus, é o santo padroeiro dos casamentos e das famílias reconstituídas. Seu amor por Nossa Senhora e por Jesus o levou a servi-los de forma incondicional e desinteressada ao longo de toda a sua vida, e a gozar da honra e do consolo de estar ter Jesus Cristo a seu lado em seu leito de morte.
São Valentim, embora mais conhecido por ser o santo padroeiro dos namorados, também é o santo padroeiro dos casamentos felizes e dos recém-casados. Valentim era um padre romano do século III que, durante o reinado do imperador Cláudio, o Gótico, foi preso e morreu decapitado em 14 de fevereiro por celebrar matrimônios.
Santa Priscila é a padroeira dos bons casamentos. Ela e seu marido, santo Áquila, apoiaram-se mutuamente e morreram juntos por amor a Cristo. Os mártires eram amigos de são Paulo e ofereceram sua casa às primeiras comunidades cristãs para rezar e celebrar a missa. Seus nomes estão escritos no Livro dos Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo.
Para problemas no casamento
Há santas e padroeiros que sofreram muito durante o casamento, mas puseram toda a sua confiança em Deus e hoje podem ajudar a santificar o casamento.
Santa Rita de Cássia é a padroeira dos casamentos difíceis. Ela tinha um marido muito violento, mas ele finalmente se arrependeu graças às orações e sofrimentos oferecidos a Deus pela sua esposa. O marido foi morto muito jovem e os filhos morreram de doenças. Depois disso, Rita entrou para um convento agostiniano.
Santa Mônica, mãe de santo Agostinho, é a padroeira dos casamentos com problemas. Ela não sofreu só por causa de seu filho rebelde, mas porque seu marido era mal-humorado e sua sogra era muito crítica. Mônica teve uma vida de oração íntima com Deus e nunca se cansou de rezar por sua família, até que o Senhor a recompensou com a conversão de seu filho, marido e sogra.
Santa Isabel de Portugal é a padroeira da paz familiar. Ela foi uma princesa e casou-se com Diniz, rei de Portugal, que a maltratava e era infiel. Ela rezou até que Diniz se converteu e lhe pediu perdão. Isabel também serviu aos pobres e doentes, e arriscou sua vida para trazer paz à sua família. Após a morte de Diniz, ela doou sua propriedade e fundou um mosteiro.
Santa Dorotea de Montau é a padroeira dos casamentos difíceis. Ela sofreu a morte de oito de seus nove filhos e os maus-tratos do marido. Mesmo assim ela o apoiava em sua fé e profissão. Depois da morte do marido, tornou-se freira e devota da eucaristia, e recebeu o dom da profecia.
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Santa Catarina de Gênova é a padroeira dos cônjuges que sofreram maus-tratos, pois foi casada com um homem violento e infiel que perdeu todos os bens, deixando pobre a sua família rica. O abuso a deixou deprimida até que, após uma visão do amor de Deus, ela levou o marido à igreja e o converteu. Juntos viveram em celibato servindo aos pobres e doentes. Viúva, santa Catarina tornou-se franciscana secular.
Santa Castora Gabrielli e santa Margarida Descalça também são padroeiras dos cônjuges que sofreram maus-tratos, pois sofreram violência de seus maridos. As duas ofereceram seus sofrimentos a Deus.
Santa Zedislava Berka, é a padroeira dos casamentos infelizes, foi forçada a se casar, mas encontrou seu consolo em Deus e se tornou uma religiosa secular devota da Eucaristia.
São Gangulfo é o santo padroeiro dos casamentos difíceis, pois sua esposa foi infiel a ele. Ele se separou dela e foi viver como monge. Sua mulher conspirou com seu amante para matá-lo.
São Tomás More é padroeiro dos casamentos difíceis, embora seus dois casamentos tenham sido muito felizes. Ele enfrentou o rei Henrique VIII para defender os ensinamentos da Igreja sobre o casamento.
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São Gomário é o santo padroeiro dos cônjuges difíceis. Ele era um funcionário do imperador Pepino, o Breve, que se casou com uma mulher cruel e egoísta e não teve filhos. Sua esposa maltratava seus servos sem pagá-los em sua ausência. Ao retornar, o santo pagou a dívida e tentou converter sua esposa, mas como não conseguiu, eles se separaram. Mais tarde, tornou-se eremita e fundou uma abadia com seu amigo são Romualdo.
Casamentos desfeitos
Santa Fabíola de Roma é a padroeira dos divorciados. Ela se separou de seu marido adúltero após anos de abuso físico e emocional. A santa se tornou amiga de são Jerônimo e fundou um hospital para os pobres e peregrinos. No ano de 394, Fabíola peregrinou até a Terra Santa e trabalhou em uma clínica em Belém.
Santa Helena é a padroeira dos cônjuges abandonados. Ela era a mãe de Constantino, o Grande, e esposa de um corregente do Império Romano que se divorciou dela e se casou com uma mulher com melhores conexões políticas. Após a morte do ex-marido, ela voltou ao palácio e serviu à Igreja construindo igrejas. Em uma peregrinação à Terra Santa, ela encontrou a Verdadeira Cruz.
Santa Margarida de Youville é a padroeira das viúvas. A santa sofreu a morte de quatro de seus seis filhos e os maus-tratos de seu marido, um contrabandista abusivo, negligente e adúltero. Depois de ficar viúva, ela abriu uma pequena loja para sustentar sua família e usou o resto de seu dinheiro para ajudar aqueles que eram mais pobres do que ela.
Deus a recompensou, porque seus dois filhos foram ordenados sacerdotes. Depois, ela se tornou religiosa e fundou a Congregação das Irmãs da Caridade, e dedicou sua vida a servir os doentes ao lado de suas irmãs religiosas no Hospital Geral de Montreal.
Santa Adelaide de Borgonha é a padroeira dos segundos casamentos. A santa se casou com Lotário II, rei da Itália, e depois de sua morte, casou-se com Otão, o Grande, imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Santa Radegunda é a padroeira dos casamentos sem filhos. No século VI, ela foi forçada a se casar com o rei Clotário, que abusou dela, em parte, por não ter filhos. Ela o deixou, tornou-se freira e fundou o Convento de Santa Cruz na França, onde se dedicou à educação das religiosas. Seu amigo são Fortunato compôs um hino em sua homenagem chamado Vexilla Regis.
Santa Godeleva é a padroeira diante dos sogros abusivos. A santa era uma nobre que se casou com um homem que a abandonou antes do fim da festa de casamento. Sua sogra era cruelmente abusiva com ela, a ponto de trancá-la em uma cela, deixá-la passar fome, e espancá-la.
O pai da santa ameaçou entregar o marido de sua filha e seus pais às autoridades estatais e eclesiásticas, mas o marido fingiu arrependimento por suas ações. Após perdoá-lo, a santa voltou para o marido, mas foi morta por toda a família. Em vida, ela se dedicou aos pobres e doentes. Após sua morte, foi-lhe atribuída a intercessão por muitos milagres.
Santo Eduardo, o Confessor, é o santo padroeiro da virtude da paciência no casamento. Foi um governante competente e generoso com os pobres, peregrinos e estrangeiros, que tinha fama de santidade. O santo construiu muitas igrejas, incluindo a Abadia de Westminster, e tinha o dom da cura.
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