Os palestinos e o mundo reagem à proposta de Donald Trump de assumir o controle da Faixa de Gaza e remover os palestinos.
Nessa terça-feira (4), após receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, Trump falou em mandar a população originária do território para outros países e explorar economicamente a área.
A relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, chamou a proposta de Donald Trump de absurda, ilegal, imoral e completamente irresponsável.
Aqui no Brasil, o presidente Lula se somou ao coro das críticas. Acusou os EUA de terem encorajado tudo o que Israel fez em Gaza. Israel rejeita as acusações de genocídio, que são investigadas nos tribunais internacionais.
O primeiro-ministro do reino unido, Keir Starmer, disse que os palestinos devem ser autorizados a voltar para casa e reconstruir.
A Arábia Saudita informou que vai seguir trabalhando para a criação de um estado palestino independente, tendo Jerusalém Oriental como capital. E que não vai estabelecer relações diplomáticas com Israel sem que isso aconteça.
Em Ramalah, na Cisjordânia, o porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeineh, reafirmou a oposição a qualquer ocupação, seja israelense ou americana. “estamos vivendo em nosso país, em nosso estado, em nossa terra e não sairemos nunca”, disse ele.
Presidente palestino Mahmoud Abbas, foi recebido hoje em amã pelo rei Abdullah, da Jordânia. O rei enfatizou a necessidade de pôr fim à expansão dos assentamentos israelenses e rejeitou qualquer tentativa de anexar terras e deslocar palestinos.
Em Doha, no Catar, o alto funcionário do Hamas, Izzat Al-Risheq rejeitou veementemente os planos do presidente americano e exigiu que Trump se retratasse, porque, segundo ele, as declarações jogam lenha na fogueira.
Foi na noite dessa terça-feira, após receber o primeiro-ministro de Israel, que Donald Trump anunciou, ao lado de Benjamin Netanyahu, planos de tomar o controle da Faixa de Gaza, transferir os atuais moradores para outros países da região e desenvolver economicamente o território histórico dos palestinos, segundo ele, para criar a Riviera do Oriente Médio.
Nesta quarta, mesmo após a repercussão, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, disse que Trump fez uma oferta única para intervir e limpar os escombros em Gaza. E que as pessoas terão que viver em algum lugar enquanto a reconstrução é feita.
* Com informações da Agência Reuters
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