13 de mai de 2024 às 00:15
“Coragem, que depois de alguns dias de combate teremos o paraíso para sempre”, escreveu certa vez santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora das Filhas de Maria Auxiliadora junto com são João Bosco.
Mazzarello nasceu em Mornese, Itália, em 1837, em uma família camponesa muito cristã. Desde pequena começou a trabalhar na roça. “Para que Deus não nos deixe faltar o pão, é preciso rezar e trabalhar”, dizia.
Um dia ela estava andando pela rua e teve uma visão misteriosa em que havia um grande prédio com várias meninas correndo no pátio e ela ouviu uma voz que dizia: “Eu as confio a você”. Com uma amiga próxima chamada Petronila, ela decidiu abrir uma oficina para ensinar costura para meninas pobres. O Senhor lhe enviou as primeiras órfãs, que Maria Domingas acolheu maternalmente. Com isso também vieram os primeiros colaboradores em sua obra. Estas mulheres foram “batizadas” pelo confessor de Maria Domingas como “Filhas da Imaculada”.
Dom Bosco chegaria a sua cidade em 1864 com a intenção de abrir um colégio. Nessa visita teve a oportunidade de conhecer a irmã Maria e ver a oficina das “Filhas da Imaculada Conceição”. São João Bosco ficou muito impressionado. Santa Mazzarello, por sua vez, depois de falar com o velho sacerdote, expressou-se cheia de confiança: “Dom Bosco é um santo e eu o sinto assim”.
Algum tempo depois, o papa Pio IX pediu a dom Bosco que fundasse um instituto feminino. Ele pensou imediatamente nas “Filhas da Imaculada Conceição” e decidiu colocá-las à frente do colégio que acabara de construir.
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Em 1872, as “Filhas da Imaculada Conceição” tornaram-se “Filhas de Maria Auxiliadora” com o consentimento papal; e santa Maria Mazzarello foi nomeada primeira superiora, mas ela pediu para ser chamada de “vigária”, pois a verdadeira superiora era a Virgem.
Madre Mazzarello era uma pessoa muito alegre, simples e trabalhadora. Uma daquelas pessoas que entendem que o cargo de responsabilidade é um cargo de serviço e não uma ocasião para buscar o poder. O tempo passava e a obra dava muitos frutos pastorais como se sabe até hoje. Basta ver como as Filhas de Maria Auxiliadora estenderam sua presença em dezenas de países.
Com o passar dos anos, a saúde da irmã Maria piorou, em grande parte devido à intensidade com que viveu, desligada das comodidades do mundo e sem olhar para si mesma. Consciente de que poderia ter pouco tempo, despediu-se definitivamente de dom Bosco em um último encontro. Durante este, o santo contou-lhe uma história em que a “morte” entrava num convento e não encontrando ninguém para levar, pede à madre superiora que a siga. A superiora, sabendo que era Deus quem a chamava, seguiu-a. Desta forma, o Santo havia confessado a ela que provavelmente Deus a queria definitivamente ao seu lado, no Reino dos Céus.
Santa Mazzarello morreu em 14 de maio de 1881, em Nizza Monferrato, aos 44 anos. Ela foi beatificada por Pio XI em 1938 e canonizada por Pio XII em 1951.
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