14 de abr de 2024 às 05:00
Santa Liduína teve uma vida completamente fora do comum. Ela teve que conviver com uma doença grave que a fez sofrer por décadas, deixando-a acamada e sofrendo uma deterioração gradual de suas capacidades físicas.
No entanto, o Senhor concedeu muitas graças através dela, graças à sua paciência, à sua oração constante e, principalmente, ao seu coração generoso, amante do Senhor. Ela é a padroeira dos doentes crônicos.
Liduína viveu acamada desde os 15 anos, e soube fazer do seu sofrimento uma oferta de amor a Deus pela salvação dos homens, principalmente daqueles que vivem em constante pecado. Descobriu no sofrimento físico um caminho para dar frutos, unindo-se à Paixão e Morte de Cristo.
A santa nasceu em Schiedam, Holanda, em 18 de abril de 1380, em uma família humilde. Aos 15 anos sofreu um acidente grave no qual fraturou a coluna vertebral e teve muitas lesões internas, o que causou várias doenças que se tornaram crônicas e pioraram com o tempo.
Embora ficasse triste e se perguntasse por que Deus permitia seu sofrimento, um dia ela conheceu um padre, o novo pároco de sua cidade, padre Pott, que a lembrou que Deus sempre “ama mais os filhos que mais sofrem”. O padre também lhe deu um crucifixo, pedindo-lhe que sempre se lembrasse da Cruz e se comparasse a Cristo porque “deve ser que o sofrimento leve à santidade”.
Depois de um tempo de angústia e dor, Liduína começou a meditar na Santíssima Paixão do Senhor, e pediu-lhe que lhe desse coragem e amor para sofrer como Ele, pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas.
Chegou aos 38 anos sofrendo de dores terríveis da cabeça aos pés -além disso, uma ferida lhe destruía a pele das costas-, mas conquistou uma alegria serena, sabendo que era amada pelo Bom Jesus.
Em seus últimos anos, se alimentava diariamente só da Sagrada Comunhão, como atesta um documento de 1421, assinado pelas autoridades civis de Schiedam, doze anos antes de sua morte.
Deus concedeu a Liduína o dom de às vezes prever o futuro e curar os doentes por meio da oração. Ela tinha êxtase e visões celestiais.
No dia 14 de abril de 1433, dia da Páscoa, a santa estava em profunda contemplação e através de uma visão viu Cristo administrando o sacramento da Unção dos Enfermos. Depois de alguns minutos ela morreu, mas antes disso pediu que sua casa fosse transformada em um hospital para pobres.
Pouco depois de sua morte, seu túmulo tornou-se um local de peregrinação e uma capela foi construída sobre ele no ano seguinte.
O padre franciscano Joannes Brugmann e o cônego agostiniano Tomás de Kempis narraram a história de sua vida e assim divulgaram sua devoção.
Em 1615 suas relíquias foram levadas para Bruxelas, mas em 1871 foram devolvidas a Schiedam. Em 14 de março de 1890, o papa Leão XIII aprovou sua veneração. Sua festa é celebrada em 14 de abril.
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