18 de jul de 2024 às 00:01
Hoje (18), a Igreja Católica celebra santo Arnulfo (ou Arnaldo) de Metz, o padroeiro da cerveja. “Não é o patrono da embriaguez ou dos bêbados porque isso nada tem a ver com a santidade”, ressaltou em um vídeo de 2021 o vice-diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese do México, padre José de Jesús Aguilar.
“A embriaguez faz parte do pecado da gula”, um dos sete pecados capitais, disse o sacerdote.
Sobre os motivos do patrocínio, o padre Aguilar contou que, “durante certa época, as pessoas usavam os rios como lixeiras e jogavam até os cadáveres de pessoas e animais, então beber água dos rios poderia causar a morte”.
Por isso e “para prevenir as doenças e a peste”, o santo “pregava sobre o perigo de beber água naquela época. Em vez disso, ele recomendava beber cerveja porque naquela região ela era produzida com muita facilidade”.
No ano de 627, santo Arnulfo se retirou para um mosteiro perto de Remiremont, na França, onde morreu em 18 de julho, por volta do ano de 640.
Um ano depois, os cidadãos de Metz pediram que seu corpo fosse exumado e levado para sua cidade de Metz para ser enterrado em sua igreja local, onde ele pregou as virtudes da cerveja.
O padre Aguilar destacou que, segundo a tradição, “durante a longa e cansativa viagem, os fiéis pararam para comprar cerveja, mas sobrou muito pouco. Alguns dizem que só havia uma jarra para compartilhar, mas a cerveja foi suficiente para satisfazer a sede de todos”.
“Isto é conhecido como o milagre da cerveja e é por isso que santo Arnulfo é considerado o padroeiro dos cervejeiros e da cerveja”, disse o sacerdote. Ele incentivou os fiéis a pedirem ao santo que esta bebida “nunca seja consumida por crianças e sempre seja bebida com moderação”.
Breve biografia de santo Arnulfo, padroeiro da cerveja
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Santo Arnulfo ou Arnaldo nasceu na Áustria por volta do ano 580 em uma família rica.
Na juventude, entrou para o serviço da corte de Brunegilda e depois do rei Teodoberto II que o incluiu na lista regular de oficiais reais: era comandante militar e tinha seis províncias sob os seus cuidados.
Ele passou 30 anos em Metz, durante o período dos reis merovíngios.
No ano de 612, renunciou a todos os cargos e, apesar de casado e com dois filhos, tornou-se bispo de Metz, algo que não era incomum na época, pois o poder civil andava de mãos dadas com a hierarquia eclesiástica.
Santo Arnulfo também é venerado como santo na Igreja Ortodoxa.
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