Política PB

11 de fev de 2025 às 16:36

O Google Calendar removeu referências ao Mês do Orgulho LGBT, ao Mês da História Negra e a todos os meses de herança cultural em seus aplicativos para web e dispositivos móveis. O aplicativo de agenda agora só vai exibir feriados e dias de observância nacionais nos EUA.

A mudança no aplicativo que, no Brasil, se chama Google Agenda, coincide com iniciativas semelhantes de departamentos e agências federais dos EUA sob o governo do presidente Donald Trump. No entanto, um porta-voz do Google disse que a decisão foi tomada por volta do ano passado e não indicou motivações ideológicas ou culturais para essa mudança.

“Por mais de uma década, trabalhamos com o timeanddate.com para mostrar feriados e datas comemorativas nacionais no Google Agenda”, disse um porta-voz do Google à CNA, agência em inglês da EWTN News.

“Alguns anos atrás, a equipe do Calendar começou a adicionar manualmente um conjunto mais amplo de momentos culturais num grande número de países ao redor do mundo. Recebemos feedback de que alguns outros eventos e países estavam faltando — e manter manualmente e com consistência centenas de momentos no mundo não era escalável ou sustentável. Então, no ano passado, voltamos a mostrar só feriados públicos e observâncias nacionais do timeanddate.com, ao mesmo tempo em que os usuários podem adicionar manualmente outros momentos importantes”.

Antes da mudança, os usuários do Google Calendar veriam automaticamente o início do “Mês do Orgulho” em seus calendários em 1º de junho.

Para os católicos, o mês de junho é dedicado à celebração do Sagrado Coração de Jesus.

Mapas

Esta semana, o Google Maps mudou o nome de Golfo do México para Golfo da América para usuários americanos. O presidente americano Donald Trump sugeriu a mudança de nome pouco depois de tomar posse em 20 de janeiroa. Para usuários mexicanos, o Google ainda continua trazendo o nome de Golfo do México. Usuários em outros países veem ambos os nomes.

“Recebemos algumas perguntas sobre nomenclatura no Google Maps. Temos uma prática de longa data de aplicar mudanças de nome quando elas são atualizadas em fontes oficiais do governo”, disse a empresa em publicação na rede social X antes da mudança de nome ser oficial.

No fim do mês passado, a agência de inteligência do Departamento de Defesa dos EUA encerrou todas as observâncias do Mês do Orgulho LGBT e de outros meses de herança cultural. Isso ocorreu depois de Trump assinar um decreto para encerrar todas as práticas de “diversidade, equidade e inclusão” (DEI) no governo federal do país.

O Departamento de Estado dos EUA proibiu embaixadas de hastear a bandeira do “orgulho” e outras bandeiras ideológicas, estabelecendo uma política de que só a bandeira dos EUA pode ser hasteada. O Departamento de Justiça do país (DOJ, na sigla em inglês) também fechou o escritório do DOJ Pride (Orgulho DOJ).

Tyler Arnold é repórter do National Catholic Register. Já trabalhou no site de notícias The Center Square e suas matérias foram publicadas em vários veículos, incluindo The Associated Press, National Review, The American Conservative e The Federalist.