Fertilização in vitro é contrária à justiça e destrói muitas vidas humanas, diz bispo

Fertilização in vitro é contrária à justiça e destrói muitas vidas humanas, diz bispo

O bispo de Arlington, Virgínia, EUA, dom Michael Burbidge, pediu ontem (22) às famílias católicas que deem um “testemunho heróico” ao amor, rejeitando a prática da fertilização in vitro (FIV), que o bispo disse ser “contrária à justiça [e] repleta de dificuldades morais”.

Em carta publicada ontem, dom Burbidge reconheceu o “desejo natural de ter uma família” e os desafios enfrentados por casais que lutam contra a infertilidade.

No entanto, o bispo disse observar com preocupação a crescente popularidade da fertilização in vitro tanto como meio de conceber filhos quanto como meio de facilitar a barriga de aluguel.

O Catecismo da Igreja Católica (número 2377) afirma que a FIV é “moralmente inaceitável” porque separa o ato conjugal da procriação e estabelece “o domínio da técnica” sobre a vida humana.

Nos dias atuais, “parece que um número extraordinário de casais” tem dificuldade em conceber filhos, disse dom Michael Burbidge. O bispo disse que a Igreja apoia vários meios lícitos de lidar com a infertilidade, incluindo a tecnologia NaPro.

A fertilização in vitro, uma “revolução da medicina” quando foi criada em 1978, apresenta sérios problemas morais, disse dom Burbidge.

O principal deles, disse o bispo, é como o procedimento “tanto cria vida quanto destrói vida”, na medida em que frequentemente mata muitos bebês humanos, mesmo que possa produzir um que continua a crescer numa gravidez completa.

“Para cada uma das mais de 12 milhões de crianças nascidas por meio de fertilização in vitro desde 1978, há muitas dezenas de milhões de irmãos e irmãs desaparecidos que foram deliberadamente destruídos, usados ​​em experimentos ou congelados em nitrogênio líquido e tiveram negado seu direito natural à plenitude de seu desenvolvimento”, disse dom Burbidge.

O bispo enfatizou que as crianças nascidas de fertilização in vitro têm “dignidade humana inalienável”. Essa mesma dignidade é o que leva a Igreja a se opor à prática, disse o bispo.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

A fertilização in vitro, disse dom Burbidge , “subverte a dignidade humana ao reduzir pessoas humanas — homens, mulheres e crianças — a objetos de um processo técnico”.

A tecnologia de fertilização in vitro, por sua vez, é ainda mais moralmente inquietante em sua “capacidade de trazer uma nova vida para indivíduos que desejam filhos fora do contexto do vínculo do casamento” por meio da prática da barriga de aluguel.

A barriga de aluguel tem sido cada vez mais criticada nos últimos anos por ativistas e críticos pró-vida que dizem que ela desrespeita as crianças e explora as mulheres. A Itália proibiu a barriga de aluguel em 2004 e, no ano passado, proibiu seus cidadãos de fazer o procedimento no exterior. A primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, se referiu à prática como “aluguel de útero”. Na Europa, a prática também é ilegal na Finlândia, na França, na Alemanha, Islândia e na Espanha.

Dom Burbidge disse em sua carta que é “uma grave injustiça produzir crianças que, desde o início, são separadas à força de seus pais naturais”.

Embora o bispo tenha falado contra a possibilidade de um “direito ou mandato federal de fertilização in vitro”, ele disse também que o governo poderia buscar “formas concretas de encorajar o casamento e a formação familiar” e apoiar a gravidez e o parto como uma forma de ajudar as famílias.

Enquanto isso, o governo dos EUA pode seguir o exemplo da Europa, disse dom Burbidge, onde a barriga de aluguel é “reconhecida como exploradora, injusta e é quase universalmente inadmissível”.

O bispo também pedir a “todas as pessoas de fé e boa vontade para rezar pelos casais que enfrentam a infertilidade, pela eficácia dos cuidados de fertilidade que afirmam a vida, por uma abertura ao amor de Deus e uma experiência cada vez mais profunda das virtudes, e pela graça de aceitar qualquer que seja a vontade de Deus”.

O bispo divulgou a carta em 22 de janeiro, dia em que a Igreja nos EUA marca o Dia de Oração pela Proteção Legal dos Nascituros. Foi também o dia em 1973 em que a Suprema Corte dos EUA decidiu o caso Roe x Wade, que liberou o aborto em todo o país.

Roe foi anulada pela Suprema Corte dos EUA em 2022. Nos quase três anos desde então, vários estados dos EUA promulgaram proteções pró-vida abrangentes que eram ilegais sob Roe. No entanto, muitos Estados promulgaram amplos estatutos pró-aborto e aprovaram iniciativas de votação pró-aborto.

FONTE: ACI Digital

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!