28 de fev de 2025 às 15:50
O papa Francisco enviou uma mensagem para promover uma liturgia que evite “ostentação” e “protagonismos inúteis” do Hospital Policlínico Gemelli, em Roma, onde está internado há duas semanas com pneumonia bilateral.
“Exorto-vos, pois, a propor e encorajar um estilo litúrgico que expresse o seguimento de Jesus, evitando ostentações ou protagonismos inúteis”, escreveu o papa em mensagem enviada ao curso para os responsáveis pelas celebrações litúrgicas episcopais que está sendo feito no Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo, em Roma.
Em novo documento com sua assinatura oficial, Francisco exortou os liturgistas reunidos na Pontifícia Universidade ligada aos beneditinos a exercerem seu ministério “com discrição, sem se vangloriar dos resultados do seu serviço”.
O papa diz que o responsável pelas celebrações litúrgicas “não é só um professor de teologia”.
“Ele não é um rubricista, que aplica as regras; Ele não é um sacristão, que prepara o que é necessário para a celebração. Ele é um mestre colocado a serviço da oração da comunidade”, disse Francisco.
O papa Francisco disse que o bispo deve preparar “cada celebração com sabedoria, para o bem da assembleia”, traduzir em “os princípios teológicos expressos nos livros litúrgicos”, e acompanhar e apoiar “o bispo em seu papel de promotor e guardião da vida litúrgica”.
O papa disse que cuidar da liturgia é “antes de tudo, o cuidado com a oração, isto é, com o encontro com o Senhor”.
Francisco disse também que, ao proclamar santa Teresa de Ávila doutora da Igreja, o papa são Paulo VI definiu sua experiência mística como “um amor que se torna luz e sabedoria: sabedoria das coisas divinas e das coisas humanas”.
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Assim, ele reivindicou o exemplo da santa espanhola como uma “grande mestra da vida espiritual”.
O papa Francisco pediu aos responsáveis pela liturgia para preparar e orientar as celebrações combinando “a sabedoria divina e a sabedoria humana”.
“A primeira se adquire rezando, meditando, contemplando. A segunda vem do estudo, do empenho em aprofundar, da capacidade de escuta”, disse também o papa.
Francisco disse que para ter sucesso nessas tarefas é preciso ficar atento às pessoas.
“Isso os ajudará a entender as necessidades dos fiéis e as formas e modalidades para favorecer sua participação na ação litúrgica”, disse o papa Francisco.
O papa também enfatizou que no culto “o encontro entre doutrina e pastoral não é uma técnica opcional, mas um aspecto constitutivo da liturgia, que deve ser sempre encarnada, inculturada, expressando a fé da Igreja.
“Consequentemente, as alegrias e os sofrimentos, os sonhos e as preocupações do povo de Deus têm um valor hermenêutico que não podemos ignorar”, disse Francisco.
O papa Francisco citou o primeiro reitor do Pontifício Instituto Litúrgico, o abade beneditino Salvatore Marsili, que em 1964 exortou os fiéis a tomar conhecimento da mensagem do concílio Vaticano II, “à luz da qual a verdadeira pastoral não é possível sem a liturgia, porque a liturgia é o ápice para o qual tende toda a ação da Igreja”.
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