4 de set de 2024 às 16:15
A diocese de Garanhuns (PE) abriu o processo de beatificação e canonização do frei Caetano de Messina (1807-1878), conhecido como “missionário da justiça e da paz”. Ele era religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e dedicou sua vida às missões em muitos lugares do Brasil no século XIX.
A cerimônia de abertura do Inquérito Canônico aconteceu no Baras Eventos, no município de Bom Conselho (PE), no sábado (31), conduzida pelo bispo de Garanhuns, dom Agnaldo Temóteo.
Em seguida, o bispo celebrou a missa na capela do Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, instituição fundado pelo frei Caetano em 1853. A missa teve a participação de muitos padres, religiosas e admiradores do frei Caetano.
Frei Caetano de Messina nasceu na Itália e chegou ao Brasil em 11 de setembro de 1841, desembarcando no Recife (PE). Ele fez missões em várias cidades, vilas e povoados nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Dedicou-se inteiramente ao anúncio do Reino de Deus. Como filho de são Francisco, pregou o Evangelho com a própria vida e obras, preocupando-se com as necessidades espirituais e materiais da população, especialmente no Nordeste do Brasil.
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No município de Bom Conselho (PE), ele fez um trabalho de desarmamento e pacificação que culminou na fundação do colégio e da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho, em 1853. Ele tinha o objetivo de educar os jovens daquela terra. A obra se espalhou por diversos estados brasileiros e se mantém viva até hoje.
O servo de Deus morreu em 1878, aos 71 anos, em Montevidéu, no Uruguai. Três anos depois de sua morte, seus restos mortais foram transladados para a Igreja de São Sebastião, no Rio de Janeiro. Em 1996, conforme o desejo do capuchinho, seus restos mortais foram levados para o Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, onde foi construído um mausoléu. Desde então, o local tem se tornado um ponto de peregrinação para aqueles que reconhecem no frei um exemplo de fé e dedicação ao próximo.
A abertura do Inquérito Canônico marca a abertura da causa de canonização, com isso ele é reconhecido como Servo de Deus. Agora a causa tem um postulador que terá a missão de investigar cuidadosamente a vida do candidato para verificar o seu testemunho de vida, as virtudes e fama de santidade. O inquérito receberá declarações e testemunhos das pessoas que o conheceram, também analisará cartas e escritos pessoais.
Comprovando a vida de fé e a vivência de virtudes heroicas, a Santa Sé concede o título de venerável. Depois, com o reconhecimento e comprovação de um milagre, ele pode ser beatificado.
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