Democratas querem tirar nome de legislador pró-vida de prédio público nos EUA

Democratas querem tirar nome de legislador pró-vida de prédio público nos EUA

Democratas de Illinois, EUA, querem tirar o nome de Henry J. Hyde (1924-2007), congressista republicano que dá nome a uma política federal que proíbe o uso de dinheiro do governo federal em abortos feitos no país, com exceção dos casos que envolvem estupro, incesto ou risco de mortalidade materna.

O Congresso dos EUA aprovou pela primeira vez a emenda defendida por Hyde em 1976, poucos anos depois da decisão Roe x Wade de 1973, que liberou o aborto em todo o país até a Suprema Corte dos EUA anulá-la em 2022.

A emenda não é uma lei e deve ser anexada a projetos de lei de dotações individuais como um anexo, especificando que o financiamento da assistência médica não pode ser usado para abortos, exceto em casos de estupro, incesto ou quando a vida da mãe estiver em risco.

Por dez votos a cinco, o conselho do condado de DuPage, região suburbana rica de Chicago, aprovou no início desta remover o nome de Hyde do tribunal do condado por causa da oposição de Hyde ao aborto.

O tribunal agora será conhecido como DuPage County Judicial Office Facility (Escritório Judicial do Condado de DuPage), diz o jornal Chicago Tribune.

“Essa resolução reforça a noção de que os prédios neste campus apoiam os direitos de todas as pessoas de receber os serviços de que precisam”, disse Deb Conroy, democrata, presidente do conselho. “Acredito que nossas ações devem refletir nossos valores”.

 

Quem foi Henry Hyde?

 

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Hyde, morto em 2007, representou partes do condado de DuPage na Câmara dos Representantes dos EUA a partir de 1975. Ele era católico, e o papa Bento XVI o nomeou cavaleiro da Pontifícia Ordem Equestre de São Gregório Magno em 2006.

A decisão do Conselho do Condado de DuPage causou reações variadas. O estrategista democrata David Axelrod chamou-a de “ação lamentável”.

O filho de Hyde, Anthony, disse à EWTN esta semana que ele e sua família ouviram “rumores” nos últimos anos sobre legisladores querendo remover o nome de seu pai, uma ação que ele chamou de “parte da cultura do cancelamento”.

“Meu pai era muito mais do que só um político de uma questão”, disse Anthony Hyde. “Meu pai fez muitas coisas boas para o condado de DuPage… meu pai também era alguém que ajudava famílias. Ele apoiava isenções fiscais para famílias de baixa renda e para crianças. Ele era um forte defensor dos serviços de adoção como uma alternativa ao aborto”.

“Ele entendeu que não se pode só cuidar da criança não-nascida”, disse Anthony Hyden. “Certamente é preciso cuidar da criança não-nascida, mas depois de nove meses não se pode simplesmente ir embora e dizer, ‘Bem, você está por sua conta’ ”.

Embora a emenda tenha contado com apoio bipartidário no passado, muitos defensores do aborto e legisladores democratas se opuseram à Emenda Hyde nos últimos anos.

O ex-presidente dos EUA, Joe Biden, defensor ferrenho do aborto apesar de ser católico, excluiu várias vezes a Emenda Hyde de suas propostas de orçamento, apesar de ter apoiado a emenda quando era senador.

Em contraste, o presidente dos EUA, Donald Trump emitiu, em 25 de janeiro, um decreto promovendo o restabelecimento de políticas como a Emenda Hyde e a política da Cidade do México — que proíbe o financiamento de abortos no exterior — revertendo ações tomadas por Biden em seu mandato.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!