A Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou a presença da subvariante XEC do coronavírus no Estado. A identificação ocorreu em duas amostras oriundas de João Pessoa analisadas pelo LACEN-PB. A informação consta no boletim de vigilância laboratorial dessa sexta-feira (27).
A XEC, classificada pela OMS como uma Variante Sob Monitoramento (VUM), pertence à linhagem Ômicron e apresenta mutações que podem aumentar sua transmissibilidade, sem evidências de maior gravidade. Casos semelhantes já foram registrados em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina Rio de Janeiro e Ceará.
A Secretaria reforça a importância de manter a vacinação em dia e de buscar atendimento médico ao surgirem sintomas. “Cuidados como testagem, uso de máscaras em locais fechados e higienização das mãos continuam essenciais”, disse a secretaria em comunicado.
Sobre a variante
A XEC foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 24 de setembro como uma variante sob monitoramento. Isso ocorre quando uma linhagem apresenta mutações no genoma que são suspeitas de afetar o comportamento do vírus e observam-se os primeiros sinais de “vantagem de crescimento” em relação a outras variantes em circulação.
O que é a linhagem XEC e como ela surgiu?
Segundo a Fiocruz, análises indicam que a XEC surgiu pela recombinação genética entre cepas que circulavam anteriormente. Isso pode acontecer quando um indivíduo é infectado por duas linhagens virais diferentes simultaneamente, o que pode levar à mistura dos genomas dos dois patógenos durante o processo de replicação viral.
Ainda segundo a Fundação, o genoma da XEC apresenta trechos dos genomas das linhagens KS.1.1 e KP.3.3. “Os vírus, continuamente, sofrem mutações, alguns com maior velocidade, outros mais lentamente. Essa linhagem é um híbrido dessas subvariantes anteriores da Ômicron”, explica Emy Gouveia, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Quais são os sintomas causados pela variante XEC?
Ainda não há dados que indiquem que a variante XEC cause sintomas mais graves ou diferentes das variantes anteriores. Portanto, é provável que ela tenha manifestações semelhantes a outras linhagens, incluindo febre alta, dor de garganta, tosse, dor de cabeça e dor no corpo, além de fadiga.
Vacinas atuais funcionam contra a XEC?
As vacinas atuais contra a Covid-19 oferecem proteção contra as subvariantes da Ômicron e, por isso, devem proteger contra a linhagem XEC. O infectologista William Schaffner, da Vanderbilt University Medical Center, no Tennessee, EUA, disse ao portal NewScientist que é esperado que os imunizantes mais atualizados contra o coronavírus protejam contra a nova variante.
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