13 de mai de 2024 às 15:54
O bispo de Matagalpa, Nicarágua, dom Rolando Álvarez, exilado no Vaticano, vai receber um prêmio nos EUA por sua luta pela liberdade religiosa na Nicarágua: o Prêmio Liberdade 2024 do Instituto Republicano Internacional (IRI).
O prêmio será entregue pela deputada republicana María Elvira Salazar, da Flórida, pelo deputado democrata Joaquín Castro, do Texas, e por funcionários do IRI.
Segundo um comunicado de Salazar, o prêmio a dom Álvarez será recebido em seu nome pelo sacerdote nicaraguense Benito Enrique Martínez.
A cerimônia de premiação está prevista para ocorrer em 15 de maio, às 14h (horário local), na sala 2200 do Rayburn House Office Building, em Washington D.C.
O presidente da Fundação Liberdade para a Nicarágua, ex-preso político e ex-candidato à presidência da Nicarágua, Félix Maradiaga, também vai estar presente.
É o segundo prêmio que dom Rolando Álvarez recebe em menos de um mês. No dia 3 de maio, foi noticiado que a Associação para a Participação da Sociedade Civil Oviedo21, da Espanha, atribuiu a ele um dos Prêmios Libertas do Principado das Astúrias 2024, cuja cerimônia de entrega está prevista para 29 de maio.
Quem é Dom Rolando Álvarez?
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Dom Rolando Álvarez é um conhecido defensor dos direitos humanos e crítico do regime nicaraguense chefiado pelo presidente Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro de esquerda que soma mais de 30 anos no poder.
O bispo nicaraguense foi obrigado a permanecer confinado em sua casa episcopal desde o início de agosto de 2022, junto com alguns padres, seminaristas e um leigo.
Duas semanas depois, quando estavam quase sem alimentos, a polícia invadiu a casa, capturou dom Álvarez, e o levou para Manágua, capital do país, onde ficou em prisão domiciliar.
O bispo foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão em 10 de fevereiro de 2023 por “traição à pátria”. Desde então, ficou detido no presídio conhecido como La Modelo, para onde são enviados presos políticos do regime.
Um dia antes de ser condenado, Dom Álvarez recusou-se a embarcar no avião no qual foram deportados mais de 200 presos políticos para os EUA.
O bispo foi finalmente deportado para Roma, depois de mediação da Santa Sé, em 14 de janeiro de 2024.
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