Associação pede fim de política de gênero adotada pelos Escoteiros do Brasil

Associação pede fim de política de gênero adotada pelos Escoteiros do Brasil

A MATRIA, Mulheres Associadas, Mães e Trabalhadoras do Brasil fez um abaixo-assinado na plataforma CitizenGO Brasil pedindo aos Escoteiros do Brasil que “protejam a segurança das meninas” e revisem sua nova Política Nacional de Diversidade e Inclusão. No tópico “Diversidades Sexuais e Identidades de Gênero”, essa nova política determina que “o sexo biológico não deve ser o critério para a designação de espaços comuns, como barracas e banheiros compartilhados”, mas “deve-se considerar a identidade de gênero”. A petição já tem mais de quatro mil assinaturas e pretende alcançar cinco mil.

“A separação por sexo em espaços íntimos sempre foi uma medida básica de proteção”, diz MATRIA. “Ao ignorar os critérios biológicos, os Escoteiros do Brasil colocam meninas em risco”, pois os “espaços compartilhados sem distinção de sexo são mais propensos a casos de assédio ou abuso”.

“Já existem relatos de abusos em espaços unissex, e essa política amplia o risco de episódios semelhantes. Além disso, a decisão ignora a voz das famílias, que são diretamente impactadas por essas mudanças. A privacidade e a segurança das meninas não são negociáveis. A inclusão só é legítima quando protege os direitos de todos, especialmente os mais vulneráveis”, disse a associação.

Com esses fatos, a MATRIA também pede aos Escoteiros do Brasil que retornem a “separação por sexo nos espaços compartilhados”, priorize “a proteção física e emocional das crianças” e que haja “diálogo com as famílias”, respeitando “as necessidades e preocupações dos pais” sobre o tema.

A nova Política Nacional de Diversidade e Inclusão dos Escoteiros do Brasil foi elaborada em 2024 para fornecer “diretrizes claras para que todos os participantes” dos eventos do Movimento Escoteiro “se sintam protegidos”, assegurando “aos familiares e à sociedade em geral” que seus “eventos ocorrem em ambientes seguros, sem discriminação, e que valorizam o ser humano em sua plenitude”, criando “um espaço favorável à educação escoteira, vivência dos nossos valores, fraternidade, inclusão e respeito mútuo”, diz nota da União dos Escoteiros do Brasil (UEB) escrita no dia 17 de janeiro, um dia depois do início da petição da MATRIA.

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Segundo os Escoteiros do Brasil, os “questionamentos nas redes sociais sobre a utilização de banheiros” em seus eventos os “surpreendeu”.

“Com a implementação da nova Política Nacional de Diversidade e Inclusão, buscamos garantir a participação de todos, sem distinção. Para atender às necessidades de quem prefere um espaço diferenciado, incluímos uma opção adicional de banheiros, onde as pessoas possam se sentir mais confortáveis”, declarou os Escoteiros do Brasil destacando que “a Política Nacional de Diversidade e Inclusão visa promover a inclusão e não eliminar direitos, como sugerido em algumas mensagens nas redes sociais”.

“O compromisso dos Escoteiros do Brasil permanece firme em promover a integração de todos, respeitando as diversidades e assegurando a participação plena no Movimento Escoteiro”, ressaltaram no informativo.

A União dos Escoteiros do Brasil (UEB) foi fundada em 4 de novembro de 1924 e tem como missão promover “valores baseados na Promessa e Lei Escoteiras, ajudando crianças e jovens a se desenvolverem plenamente e contribuírem para uma sociedade melhor”, diz site dos Escoteiros do Brasil.

FONTE: ACI Digital

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Ivaldo Lima

Graduado em Sistema para Internet e Comunicação Social, Radialista com especialização em Marketing Digital!
Graduando em Teologia Católica.
Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja e Ordem Social!