O velório político da gestão de Vítor Hugo (*2018 / ✞2024) reuniu um público dividido entre alívio e cautela. De um lado, moradores discretamente satisfeitos com o fim de um mandato marcado por manchetes vergonhosas e investigações dignas de série policial. Do outro, olhares nervosos, como se o próprio cortejo pudesse ser interrompido por um “en passant” dos peões do tráfico denunciados na operação homônima. Afinal, quando uma gestão termina sob a sombra de possível envolvimento com facções criminosas, até as coroas de flores parecem suspeitas.
Com o caixão devidamente lacrado — e vigiado —, Cabedelo respira mais leve. Enterra-se, junto com os escândalos, o medo de novos calvários, enquanto a cidade sonha com um futuro menos sombrio e mais estratégico.
Que as próximas jogadas no tabuleiro político não tragam mais golpes de mestre à custa do povo, mas um xeque-mate definitivo contra a corrupção e o descaso. E que, desta vez, o único “en passant” seja o trânsito rápido rumo à recuperação moral e administrativa desta Vrbs nescia vinci!
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