20 de fev de 2025 às 15:44
O índice de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os católicos caiu 14 pontos percentuais em dois meses. Pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 10 e 11 de fevereiro mostra que 28% dos católicos consideram o governo Lula ótimo ou bom. Em dezembro, esse percentual era de 42%.
A pesquisa mostrou que a aprovação do público geral do governo Lula caiu de 35% para 24%, pior índice dos três mandatos de Lula à frente do Executivo. O índice dos que reprovam o governo subiu de 34% para 41%. A margem de erro geral do levantamento é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O bispo de Araguaína (TO), dom Giovane Pereira de Melo, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Centro Nacional de Fé e Política dom Helder Câmara (CEFEP) disse a ACI Digital que “não dá pra falar em tendência neste momento” sobre a má avaliação de Lula pelos católicos.
Segundo o bispo, as pesquisas de popularidade do governo são “retratos de um momento conjuntural”.
“Recentemente o governo passou por desgastes, como foi o caso da taxação do Pix, que deixou muitos segmentos sociais, sobretudo os mais pobres, desconfortáveis”.
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Para dom Giovane, é preciso “aguardar aquilo que o governo ainda pode entregar, sobretudo na linha dos direitos básicos como moradia, segurança alimentar, saúde, educação”.
“A perspectiva do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja é o cuidado com os pobres e vulneráveis, o respeito à dignidade humana, a defesa da Casa Comum”, disse o bispo de Araguaína. “Penso que estes são compromissos inegociáveis a que os católicos devem ficar atentos”.
Dom Giovane não acha que “pautas relacionadas aos costumes”, como aborto e ideologia de gênero tenham influência determinante na baixa popularidade de Lula entre católicos. O bispo acha que essas questões “passam muito mais pelo Congresso do que pelo Governo”.
“Temos visto perspectivas diferentes entre esses poderes”, diz dom Giovane. Para ele, a queda na popularidade do presidente “tem muito mais a ver com as questões econômicas e as fakes news que ganharam amplas discussões, sobretudo a questão do Pix e taxação com impostos”.
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