23 de dez de 2024 às 17:13
“A característica central e maior graça do Jubileu são as indulgências, alcançadas segundo a tradição da Igreja, e não a passagem na Porta Santa”, disse dom Justino de 2025 que será oficialmente aberto pelo papa Francisco amanhã (24). “Portanto, a Porta Santa do próximo Jubileu será o confessionário”.
O primeiro jubileu da Igreja foi convocado pelo papa Bonifácio VIII (1235- 1303) com a Bula Antiquorum habet fida relatio no ano 1300. Um jubileu ordinário é um ano santo proclamado pelo papa a cada 25 anos. O Jubileu de 2025 terá como tema “Peregrinos de Esperança”.
Os fiéis brasileiros vão poder celebrar o Jubileu 2025 com peregrinações em suas próprias dioceses a partir de 29 de dezembro deste ano, “quando os bispos diocesanos celebrarem a santa missa de abertura solene do Ano Jubilar” em “todas as catedrais e concatedrais”, disse a ACI Digital o arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Nesse dia, serão comunicadas em quais outras igrejas da diocese, os fiéis poderão vivenciar o dom das indulgências”, disse dom Justino.
“Esta celebração é marcada por um período especial de perdão, reconciliação com Deus e renovação espiritual. Os símbolos, as preces e os ritos jubilares servem como prelúdio para uma rica experiência de graça, de misericórdia e de perdão”, disse dom Justino.
Ao contrário de outros jubileus, o deste ano só terá portas santas em Roma. “Uma igreja com Porta Santa é aberta apenas durante o Ano Santo, simbolizando a entrada em um tempo de graça e perdão”. “O Jubileu do ano 2000 contou com seis Portas Santas: as quatro italianas; uma no santuário de Santiago de Compostela; e uma no Brasil, na basílica do Carmo, em Campinas (SP)”, disse dom Justino. “No Jubileu Extraordinário da Misericórdia”, em 2015 “foram abertas muitas Portas Santas em todos os países, dioceses, santuários e basílicas”.
No Jubileu de 2025 haverá abertura da Porta Santa somente na basílica de São Pedro, no Vaticano, na catedral basílica de São João do Latrão, na basílica de Santa Maria Maior e na basílica de São Paulo Apóstolo Fora dos Muros, todas elas em Roma. “A fim de oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade, o próprio papa manifestou ainda o desejo de abrir uma Porta Santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”, disse o vice-presidente da CNBB. Será na penitenciária de Rebibbia, em Roma.
A Bula do Jubileu 2025 diz que “o dom da indulgência permite-nos descobrir a plenitude do perdão de Deus, que não conhece limites”. Para “obter a indulgência os fiéis” devem “realizar uma “peregrinação” até à Porta Santa do confessionário, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão, e caminhar processionalmente até a mesa da Eucaristia para fazer comunhão com toda a Igreja”.
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“A confissão serve para curar-nos e nos dá mais saúde espiritual. Nela passamos da miséria à misericórdia, pois no centro da confissão não estão os pecados que dizemos, mas o amor divino que recebemos e do qual sempre precisamos”, frisou.
Além disso, dom Justino disse que, além do dia 29 de dezembro deste ano, “os fiéis podem receber a graça da indulgência: nas sagradas peregrinações, na celebração da Palavra de Deus, na Liturgia das Horas, na Via-Sacra, na oração do Rosário e nas celebrações penitenciais que terminem com confissões individuais; nas piedosas visitas aos lugares sagrados, dedicando tempo à adoração Eucarística e à meditação”.
Igrejas de peregrinação
“No Brasil, cada diocese definirá as igrejas, santuários, basílicas e locais diocesanos para peregrinação e obtenção de indulgências, de acordo com as condições estabelecidas no documento que estabelece a concessão de indulgências para o Ano Santo de 2025”, disse dom Justino.
A Bula do Jubileu Ordinário do Ano 2025, nº 5 diz que “a peregrinação representa um elemento fundamental de todo o evento jubilar” e “pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida”., por isso, “a peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade. Também no próximo ano, os peregrinos de esperança não deixarão de percorrer caminhos antigos e modernos para viver intensamente a experiência jubilar”.
“O Ano Santo tem a intenção da conversão do coração e da renovação da Igreja”, disse o arcebispo de Goiânia. “É na celebração Eucarística, presidida pelo bispo diocesano na igreja catedral, mãe de todas as igrejas da diocese, que acontece a solene abertura do Ano Jubilar. Nesse contexto comunitário, a peregrinação, conduzida pelo pastor local, revela uma igreja em caminho, diante dos divinos mistérios”.
A igreja de peregrinação jubilar, o arcebispo de Goiânia disse que esta igreja “é um espaço sagrado destinado ao culto e à peregrinação durante o Ano Santo”. “Os fiéis que as visitarem podem receber indulgências, desde que cumpram determinadas condições, como a confissão sacramental, a comunhão Eucarística e a oração pelas intenções do papa”.
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