A recente tentativa de silenciamento do Frei Gilson revela muito mais do que uma mera retaliação contra um sacerdote católico influente. Ela escancara a hipocrisia de uma sociedade que, em nome de uma suposta liberdade, tolera e promove conteúdos degradantes, mas se escandaliza diante da Palavra de Deus. Em tempos de relativismo moral, o que incomoda não é o que é dito, mas Quem se representa.
A crítica dirigida ao Frei Gilson não se baseia em um argumento racional ou justo, mas em uma ojeriza à verdade cristã. Seu ministério tem alcançado multidões, despertando corações adormecidos pela indiferença e resgatando almas do abismo espiritual. Eis o verdadeiro motivo da perseguição: quando a luz brilha, as trevas se inquietam.
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Gálatas, nos lembra: “Tornei-me, porventura, vosso inimigo, porque vos disse a verdade?” (Gálatas 4:16). Essa pergunta ecoa através dos séculos e encontra ressonância nos dias atuais. Os mesmos que exaltam a “diversidade” e a “tolerância” não hesitam em marginalizar quem ousa professar a fé em Cristo.
A teologia cristã nos ensina que a perseguição à Igreja e àqueles que proclamam a verdade faz parte da jornada de quem segue a Cristo. “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro do que a vós me odiou a mim” (João 15:18). Essa hostilidade à mensagem evangélica é a prova de que estamos no caminho certo.
“Onde não há verdade, há apenas opinião; e onde há apenas opinião, há apenas caos!”
Por que, então, tantos que se dizem defensores da livre expressão não só ignoram esse ataque, mas o incentivam? Porque o relativismo moderno permite tudo, menos a fé autêntica. Pode-se escarnecer de Deus, zombar dos valores cristãos e promover a imoralidade sem que haja qualquer tipo de repressão. Mas que um sacerdote se atreva a pregar o Evangelho, e imediatamente surgem os defensores da censura.
Essa realidade é um sintoma de um mundo que perdeu o temor a Deus. Nicolau de Cusa, teólogo e cardeal do século XV, afirmava que “onde não há verdade, há apenas opinião; e onde há apenas opinião, há apenas caos“. A hostilidade contra Frei Gilson é, na verdade, um reflexo do desespero daqueles que se veem confrontados pela verdade que não podem refutar.
Como cristãos, não podemos nos calar. Precisamos nos levantar e defender não apenas o Frei Gilson, mas a própria liberdade de professar a fé sem medo da censura. Pois, no fim das contas, a batalha não é contra carne ou sangue, mas contra “principados e potestades” (Efésios 6:12). E, como Cristo nos assegurou, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18).
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