27 de out de 2024 às 13:24
“Quando você se aproxima de um pobre e se faz sentir próximo, é Jesus que se aproxima de você na pessoa daquele pobre”, disse papa Francisco. Em sua reflexão sobre o Evangelho de hoje (27), antes da oração do Ângelus o papa recorda que Jesus cura um cego, Bartimeu, um mendigo a quem Jesus pergunta: “O que queres que eu te faça?”.
Francisco também lembrou que o Sínodo da Sinodalidade chegou ao fim e convidou todos a rezar para que tudo o que foi feito “durante este mês possa ser feito para o bem da Igreja.
Sobre o Evangelho de hoje, o papa Francisco diz que Jesus pergunta a Bartimeu a quem é que ele realmente procura, “e por que motivo?”
“Quem é o Filho de Davi para você? E assim, o Senhor começa a abrir os olhos do cego. Observemos três aspectos deste encontro, que se transforma em diálogo: o grito, a fé, o caminho”.
Quanto ao primeiro aspecto, o “grito”, afirmou que “não é só um pedido de ajuda. É uma afirmação de si mesmo.
“Sim, Jesus vê o mendigo e ouve-o, com os ouvidos do corpo e com os ouvidos do coração. Pensemos em nós, quando passamos por um mendigo na rua: quantas vezes desviamos o olhar, quantas vezes o ignoramos, como se ele não existisse. E escutamos o grito dos mendigos?”, perguntou aos fiéis.
Em relação à fé, o papa Francisco recordou que “Bartimeu vê porque crê; Cristo é a luz dos seus olhos”.
O papa convidou os fiéis a fazerem as seguintes perguntas: “”Como eu olho para um mendigo? Eu o ignoro? Eu o olho como Jesus? Sou capaz de entender suas perguntas, seu grito de ajuda? Quando você dá a esmola, olha nos olhos do mendigo? Toca a mão dele para sentir sua carne?”
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Por último, destacou que “cada um de nós também é como Bartimeu, cego por dentro, que segue Jesus assim que nos aproximamos d’Ele”.
“Quando você se aproxima de um pobre e se faz sentir próximo, é Jesus que se aproxima de você na pessoa daquele pobre. Por favor, não façamos confusão: a esmola não é beneficência. Aquele que recebe mais graça através da esmola é quem a dá, porque se faz olhar pelos olhos do Senhor”, concluiu.
Solidariedade
No final da oração do Ângelus deste domingo, o papa Francisco solidarizou-se “com a querida Igreja de San Cristóbal de las Casas, no estado mexicano de Chiapas, que chora o padre Marcelo Pérez Pérez Pérez, assassinado no último domingo”.
Francisco referiu-se ao padre como “um fervoroso servidor do Evangelho e do fiel povo de Deus”. “Que o seu sacrifício, como o de outros sacerdotes mortos por fidelidade ao seu ministério, seja semente de paz e de vida cristã”, acrescentou o papa.
O padre Marcelo foi morto por dois homens que atiraram nele depois de celebrar a missa. Depois que a notícia foi conhecida, ele foi lembrado por sua diocese como um “incansável apóstolo da paz”
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) lamentou o “brutal assassinato”, afirmando que este acontecimento “não só priva a comunidade de um pastor dedicado, mas também silencia uma voz profética que lutou incansavelmente pela paz com verdade e justiça na região de Chiapas”.
Ainda em seu discurso, Francisco expressou a sua solidariedade ao povo das Filipinas que foi afetado por um ciclone “muito forte” e pediu “que o Senhor sustente este povo tão cheio de fé”.
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