22 de nov de 2024 às 03:00
A Igreja Católica celebra hoje (22) santa Cecília, padroeira dos músicos, que antes de morrer pediu que sua casa fosse consagrada como uma igreja.
Segundo o relato da morte de Santa Cecília (aprox. 180-230) compilado no livro Legenda Áurea, a santa foi condenada a morrer em casa, num caldeirão de água fervente. Mas ela não sofreu nenhum efeito.
Vendo que não tiveram sucesso, um carrasco tentou decapitá-la enquanto ela estava dentro do caldeirão. Mas mesmo tendo golpeado o seu pescoço três vezes, a santa não morreu instantaneamente.
A história conta que ela saiu dessa provação “semimorta”. Durante os três dias que sobreviveu, deu tudo o que tinha para os pobres. Ela então fez um pedido ao papa santo Urbano sobre as pessoas que ela ajudou no seu processo de conversão e que estavam sob sua proteção.
“Pedi ao Senhor esses três dias para recomendar à sua beatitude todas essas pessoas e para que consagre a minha casa como igreja”, disse a santa ao papa Urbano.
Santa Cecília morreu e santo Urbano enterrou seus restos mortais junto aos túmulos dos bispos e consagrou a sua casa que se tornou uma igreja, como ela pedira.
Segundo o site do Jubileu Vaticano 2025, no século VI a igreja tornou-se uma basílica primitiva “graças a São Gregório Magno”.
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Descreve também que, segundo a tradição, a santa apareceu em sonho ao papa Pascoal I (817-824) para lhe mostrar o local onde o seu corpo foi sepultado nas catacumbas de são Calisto.
Mais tarde, uma nova igreja foi construída para substituir a existente e o papa a consagrou em 821.
Em corazones.org, site sobre a vida dos santos dos Servos dos Corações Trespassados de Jesus e Maria, conta-se que são Pascoal I levou “as supostas relíquias” da santa ao templo.
O site do Jubileu 2025 diz que, atualmente, acima da casa da padroeira dos músicos está a chamada Basílica de Santa Cecília em Trastevere, em Roma. Suas relíquias estão preservadas na cripta.
Também diz que em 1599, “quando o cardeal Sfondrati mandou abrir o túmulo de Santa Cecília, o corpo da mulher foi milagrosamente encontrado intacto, vestido de branco e com feridas no pescoço”.
Mais tarde, o escultor Stefano Maderno foi convidado a “criar uma estátua de mármore, reproduzindo a posição exata em que o corpo foi encontrado”.
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